Há algum tempo a Marvel vem apostando nas grandes sagas. Contando com leitores que colecionam tudo que envolve essas histórias, a editora lançou na sequência (algumas ao mesmo tempo): Guerra Civil, Aniquilação, Hulk contra o mundo, Aniquilação 2, Invasão secreta e Guerra dos reis.

A história começa imediatamente após o fim de Invasão secreta, e mostra as forças se alinhando numa futura guerra entre Krees e Shiars.

O desanimador é que trata-se de mais uma guerra entre Krees e Shiars, uma história que já foi contada antes, com Vingadores, X-Men, Homem-Aranha etc. Agora é com os Inumanos.

Parece que a Marvel avança desordenadamente nessas sagas sem se preocupar muito com um conteúdo inovador ou mesmo atraente. As HQs desta edição não são ruins, mas estão longe de ser um primor. São lutas, diálogos piegas e mais lutas.

O interessante é que só mesmo leitores novatos para se interessarem por esse enredo batido, gente que ainda não leu tantas HQs de super-heróis e pode se surpreender com o desenrolar dos eventos.

Mas a Marvel quase não promove a entrada de novos fãs, se acomodando em histórias para um nicho que é cada vez menor, formado por pessoas que já leram isso antes.

Em resumo, Guerra dos Reis parece uma história promissora para um leitor "calouro", mas é direcionada para um fã veterano, que pode se desinteressar facilmente.

A Panini se esforça para facilitar o acompanhamento da saga, reunindo neste prólogo as principais histórias que precedem as minisséries principais (a serem publicadas na revista em seis edições Guerra dos Reis).

Entretanto, o preço não ajuda, já que o leitor paga R$ 16,90 por 136 páginas, bem mais do que o prometido na "revolução da editora", que oferecerá revistas de 144 páginas por R$ 14,90.

Mas vale dizer que a revista chegou às bancas antes das mudanças anunciadas pela editora.