GUNNM HYPER FUTURE VERSION # 9
Título: GUNNM HYPER FUTURE VERSION # 9 (JBC) - Revista mensal
Autores: Yukito Kishiro (roteiro e arte).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Fevereiro de 2004
Sinopse: Depois de abandonar o Motorball (esporte ultraviolento praticado pelos ciborgues) e superar a derrota para Jashugan, Gally retorna ao convívio de Ido e seus amigos. Mas um antigo desafeto volta a atormentar sua vida, querendo vingança.
Ela vence o primeiro round, mas o conflito está longe de terminar. Cada vez mais insano, Zapan ganha um novo corpo para tentar uma revanche. Por ironia do destino, o pobre Dr. Ido acaba sendo obrigado a enfrentá-lo. Só é preciso saber se Gally vai chegar a tempo.
Positivo/Negativo: Gunnm - Hyper Future Vision é conhecido nos Estados Unidos pelo nome de Battle Angel Alita. É uma história tipicamente cyberpunk, um futuro pós-apocalipse em que os bem-nascidos vivem na cidade flutuante de Zalem, enquanto o restante sobrevive no solo, entre os ciborgues e outros rejeitados pela sociedade.
A personagem principal é Gally (nos States, Alita), uma ciborgue encontrada num lixão pelo Dr. Daisuke Ido. Sensibilizado pela beleza dela, ele resolve reativá-la e criá-la como uma filha. Mas, aos poucos, a moça se revela uma excelente lutadora e torna-se uma guerreira-caçadora, contra a vontade de seu protetor.
O mangá é bastante violento, fazendo jus aos clichês do gênero. Também é possível reconhecer nele traços de filmes famosos como Blade Runner, Robocop, O Exterminador do Futuro. De modo geral, todas essas obras são inspiradas pelos aspectos negativos da inteligência artificial. Assim, a humanidade acaba sempre entrando em conflito com as máquinas.
Mas Gunnm não é atual apenas pelo fator tecnológico. Num país onde se discute muito a exclusão digital e a concentração de renda, o futuro amargo de Gally e Ido ganha uma dimensão que originalmente não possuía. Por isso, é uma pena que o autor se concentre mais nas cenas de ação e luta, deixando as questões sociais como pano de fundo.
Mesmo assim, é uma série que agrada em cheio os fãs de ficção cyberpunk. Ponto para Yukito Kishiro e seu traço detalhista, que lembra, às vezes, o de Brian Bolland, guardadas as devidas proporções entre mangás e comics.
Classificação: