GUY GARDNER – O PACIFICADOR
Título: GUY GARDNER - O PACIFICADOR (Panini
Comics) - Edição especial
Autores: Howard Chaykin (texto e arte) e Michelle Madsen (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: Rann e Thanagar têm que pôr fim à guerra entre os planetas. E o Lanterna Verde Guy Gardner é escolhido para ser o mediador entre as duas representantes dos dois povos. A reunião, por sinal, vai rolar em seu bar temático de super-heróis, o Warriors.
Quem dá a notícia é um velho amigo de Guy, o também Lanterna G'Nort, de G'Newt. E logo o grosseiro Gardner descobre que terá não só que negociar com duas alienígenas gostosonas, mas que os tormocks e seus velhos amigos vuldarianos estão na jogada.
Positivo/Negativo: Guy Gardner - O Pacificador é uma edição especial bastante esquisita.
A começar porque foi produzida pelo aclamado Howard Chaykin. Tem um roteiro bem ritmado, muito fluido e ótimo de ler, e uma arte bastante expressiva e intensa. Se fosse para ficar meramente nos quesitos técnicos e artísticos, seria história bacana, mesmo que sem grandes pretensões.
O problema é que a HQ está profundamente relacionada ao Universo DC, não só porque Guy Gardner faz parte do panteão de heróis da editora, mas porque se refere a eventos recentes, em especial, a guerra entre os planetas Rann e Thanagar.
Mas Chaykin não se contenta com isso, e ainda joga a fase em que Gardner atuou sob o manto de Warrior. E é aí que começa a confusão.
A fase Warrior do personagem não é memorável em nenhum sentido. Trata-se de uma patuscada de dez anos atrás - e quem leu simplesmente faz questão de não se lembrar daquilo. Mas Chaykin trata como se fosse um grande clássico das HQs, sem dar mais explicações nem mesmo para as relações do herói com os vuldarianos e tormocks.
Também não fica claro em que momento da guerra entre Rann e Thanagar a história se passa.
Além disso, os leitores vão estranhar a personalidade de G'Nort. O Lanterna Verde com cara de cachorro sempre foi um personagem cômico, mas, desta vez, é retratado como um sujeito sério e contido, ainda que permaneça limitado.
Sem achar o tom certo entre os fatos do passado e a nova abordagem, Guy Gardner - O Pacificador não consegue sucesso quando é lido como parte da cronologia da DC. Tudo fica solto e sem muito propósito.
De qualquer forma, tentar uma leitura sem as amarras do gênero de super-heróis é uma alternativa para esta HQ. Afinal, mesmo quando erra, Chaykin é um grande narrador e um artista de mão cheia.
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