Hacking Wave
Editora: Independente – Edição Especial
Autores: Larissa Palmieri, Zaheer (roteiros) e Pedro Okuyama (desenhos)
Preço: R$15,00
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Dezembro de 2017
Sinopse
Em um mundo dominado pela tecnologia e por superpopulações, pessoas vivem oprimidas pela desesperança de um futuro sem perspectivas.
O que aconteceria, no entanto, se esses indivíduos fossem capazes de mudar totalmente a sua realidade, acessando de maneira alternativa todo esse universo digital?
Positivo/Negativo
É comum ver histórias do cyberpunk (futuro distópico com alta tecnologia) no cinema, em clássicos como Blade Runner, e nos quadrinhos, com Ghost in The Shell, Akira ou o famoso Juiz Dredd. Hacking Wave é mais uma obra nacional a se aventurar por esse terreno.
A equipe criativa é iniciante. Larissa Palmieri é a única que participou de outra publicação, a coletânea Space Opera, da Editora Draco. O jovem trio apresenta duas histórias, Sol Negro no Horizonte e Faça a Evolução, ambas situadas num universo cercado de inspirações nas obras citadas acima.
Sol Negro, escrita por Palmieri, tem um tom aventuresco, mas falta ritmo na ação, que em certos momentos perde sentido e a emoção que lhe é necessária. Ainda assim, consegue estabelecer conceitos do universo e personagens que, com mais desenvolvimento, podem gerar bons frutos.
Zaheer escreve a segunda trama, e é quando a edição ganha fôlego. Faça a Evolução traz uma visão mais filosófica e anárquica do mundo futurístico de Hacking Wave, algo muito utilizada em aventuras cyberpunk. O roteirista mostra personalidade, mesmo usando um recurso já visto em tantas obras. O conto perde qualidade no final, mas não descarta o brilho do seu início.
As duas HQs são desenhadas por Okuyama, que também chama mais atenção na segunda aventura. Ele é talentoso e sua arte em preto e branco já se destacava nas histórias curtas publicadas em seu site. Ainda assim, precisa evoluir na definição das feições dos personagens.
Hacking Wave foi financiado por Catarse, tem capa cartonada e boa impressão em papel off-set.
Mesmo com as falhas, a HQ é um início de carreira promissor para esses jovens artistas.
Classificação: