HELLBLAZER - CONGELADO
Editora: Panini Comics - Edição especial
Autores: Morto e enterrado (originalmente publicada em Hellblazer # 157) - Brian Azzarello (roteiro), Steve Dillon (arte) e James Sinclair (cores);
Congelado (originalmente publicada em Hellblazer # 158 a # 161) - Brian Azzarello (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Roughridge (cores);
Almofadinhas e ingleses (originalmente publicada em Hellblazer # 162 e # 163) - Brian Azzarello (roteiro), Guy Davis (arte) e Lee Roughridge (cores).
Preço: R$ 24,90
Número de páginas: 168
Data de lançamento: Dezembro de 2009
Sinopse
Morto e enterrado - Um encontro em um bar revela informações desagradáveis para Constantine. Mas ele não é o único frequentador com problemas.
Congelado - Durante uma nevasca, um grupo de pessoas fica preso em um bar na beira da estrada. Para piorar, um suposto monstro do gelo ronda a região e um bando de assassinos invade o bar. Metido nessa confusão, está John Constantine.
Almofadinhas e ingleses - Mesmo jovem e punk, John Constantine já era famoso por seu conhecimento sobre magia negra. E graças à sua fama, ele é procurado por um homem que deseja reaver o lendário relógio de Rasputin, que permite a seu possuidor conhecer o futuro.
Positivo/Negativo
Congelado é o primeiro encadernado do mago inglês John Constantine publicado pela Panini desde que a empresa adquiriu os direitos da Vertigo. As histórias reunidas aqui foram publicadas, nos Estados Unidos, antes do arco atualmente em andamento na revista Vertigo. E algumas delas saíram na extinta Pixel Magazine.
A primeira aventura, de apenas uma parte, é divertida, mas não empolga muito. A sacada de Azzarello é misturar os diálogos de Constantine com os de um bando de homens sentados em uma mesa. Se não chega a ser genial e nem inédito, é ao menos interessante. A melhor parte, mesmo, é a arte de Steve Dillon, veterano parceiro de Garth Ennis em Justiceiro e Preacher.
A aventura que dá nome ao encadernado é dividida em quatro partes. O roteirista consegue manter o clima de suspense na maior parte do tempo, com várias pessoas presas em um bar, impossibilitadas de sair por causa da nevasca. Uma boa premissa, mas o desfecho deixam um pouco a desejar.
Os desenhos de Marcelo Frusin possuem um tom sinistro natural. A coloração também é bacana, com tons claros usados nas cenas do bar contrastando com o azul frio das tomadas externas.
A Panini cometeu um engano, ao creditar Steve Dillon como desenhista e James Sinclair como colorista da primeira parte de Congelado, quando, na verdade, o traço é de Frusin e as cores são de Lee Rughridge.
A grande surpresa da edição fica por conta da última história, Almofadinhas e ingleses, dividida em duas partes. Nela, Constantine é retratado como um jovem punk inglês, com direito a cabelo espetado, jaqueta de couro e camiseta rasgada. O traço de Guy Davis casa bem com a Londres decadente retratada por Azzarello. O clima sobrenatural está lá, sempre presente, mas ganha tons de diversão com um final interessante.
As capas de Tim Brad Street, reproduzidas ao final de cada capítulo, são um atrativo à parte. A Panini ainda colocou uma pequena introdução contando as aventuras anteriores do mago e pequenas biografias dos artistas. Um bom serviço ao leitor.
Classificação: