HELLBLAZER – SON OF MAN
Autores: Garth Ennis (roteiro), John Higgins (arte) e James Sinclair (cores).
Preço: US$ 12,99
Número de páginas: 128
Data de lançamento: 2004
Sinopse: No passado, um grande mafioso forçou John Constantine a resgatar seu filho do mundo dos mortos.
Para evitar que sua irmã e sua sobrinha fossem mortas, o mago inglês trouxe um demônio no lugar do filho do mafioso.
Agora, muitos anos depois, ele precisa encarar esse demônio novamente.
Positivo/Negativo: É fato: Garth Ennis criou grandes histórias para Constantine. O roteirista é o responsável pelo maior clássico do mago inglês, Hábitos Perigosos, que serviu de base para a fraca adaptação cinematográfica.
Neste encadernado, Ennis cria uma história de mafiosos e demônios. À primeira vista, parece que um tema não tem muito a ver com o outro, mas o roteirista cria uma ligação plausível. Afinal, ele é o responsável pela série Preacher e escreveu ótimas histórias do Justiceiro.
A mistura dos dois mundos é interessante e entretém, mas não chega a ser memorável. A sensação que fica é a de que a história não precisava de tantas páginas para ser contada.
O Constantine de Son of Man se dirige ao leitor para contar a sua história, intercalando cenas atuais e flashbacks. Esse recurso muitas vezes cansa, em parte graças aos enormes balões com o palavrório do mago.
O desfecho também não empolga.
Os desenhos de Higgins são corretos, mas fazem todos os personagens parecerem mais velhos do que realmente são. Além disso, os adultos da história possuem sempre o rosto quadrado, com um queixo angular.
Son of Man, que saiu no Brasil pela extinta Brainstore como uma minissérie em cinco partes intitulada Filho do Homem, possui todos os ingredientes que fizeram a fama de Garth Ennis: sangue, humor negro e temas moralmente repulsivos. Pode até empolgar seus fãs fiéis, mas passa longe de seus trabalhos mais memoráveis.
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