HELLENIK BLUES
Editora: (L'Oeuf) - Edição especial
Autor: Mandragore (roteiro e arte).
Preço: 13,00 €
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Junho de 2009
Sinopse
Neste álbum autobiográfico, a autora Mandragore relata a sua viagem à Grécia junto de seu companheiro Goum.
Positivo/Negativo
A emoção de fazer um mochilão por um país que você admire; a realização de um sonho; a admiração pela paisagem; a curiosidade por uma cultura diferente. Essas são algumas das sensações que a francesa Mandragore procura passar ao leitor em Hellenik Blues.
Este trabalho funciona como uma reunião das anotações e rascunhos da viagem da autora à Grécia, país que admira desde pequena. O álbum é instrutivo em mostrar paisagens e cidades da nação, mas acaba ficando só nisso.
Mesmo com a história contada toda em primeira pessoa, a paixão da autora pela cultura grega não transparece nas páginas do álbum. Em vez de colocar a sua visão da Grécia, Mandragore procura retratar os acontecimentos com objetividade, o que não condiz com a ideia que passa nas páginas inicias e na arte, que transmitem um quê de subjetividade.
O resultado acaba sendo frustrante. A autora mostra uma sequência de eventos sem muita profundidade, ficando indecisa entre um relato emocional e um mais objetivo. Em certos momentos, ela acerta a mão ao se dedicar a análises mais objetivas da cultura, mas são passagens curtas ao longo do álbum.
A arte, entretanto, cria um diferencial para a obra. Realizado em branco e azul, o traço de Mandragore realça uma visão mais subjetiva do que ela encontrou em sua viagem. Com páginas que fluem naturalmente e soluções gráficas inusitadas, a autora recria a sua própria Grécia.
Mesmo indecisa sobre qual caminho tomar, Mandragore fez de Hellenik Blues uma história que entretém e leva ao leitor os prazeres de uma boa viagem.
Classificação: