Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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HELLSING # 1

1 dezembro 2008


Autor: Kohta Hirano (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 88

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: Há vampiros pelo mundo. Quando algum deles sai da linha e causa confusão, é acionada a organização Hellsing, caçadora dos seres das trevas. Seu principal membro é Alucard, uma criatura semelhante às que persegue.

Positivo/Negativo: Edição de estréia do cultuado e esperado mangá Hellsing. Trata-se de uma HQ de terror, cujo principal foco são vampiros. Hellsing é o nome da organização que os caça pelo mundo, uma alusão ao caçador Van Hellsing, do livro Drácula, de Bram Stoker.

A publicação chega aqui à sombra da animação, já exibida no canal por assinatura Animax. Apesar de ter sido produzido depois, em 2001, sendo que o mangá começou em 1998 e continua em publicação no Japão, o animê tem muita qualidade e angariou uma legião de fãs no Brasil.

Infelizmente, o mangá não é tão bom quanto o desenho animado. O clima sombrio é muito mais ameno neste primeiro número. Mesmo sendo uma história violenta e envolvendo vampiros, nem de longe é chocante ou comovente. Alguns momentos, como as cenas de ação e os tiroteios infinitos beiram ao pastelão.

A narrativa, contudo, é bastante promissora. No primeiro capítulo, o leitor é apresentado a Alucard (um óbvio anagrama de Drácula), que entra em ação para salvar uma policial ameaçada por um padre vampiro. A ação dá errado e para salvá-la é necessário vampirizá-la. Assim, a moça também acaba entrando para a Hellsing.

No capítulo seguinte, é contada a história de como a atual líder da organização despertou Alucard e assumiu a Hellsing, após a morte do pai. Depois, mais um capítulo, voltando a mostrar a agência em ação.

Em linhas gerais, o mangá é até interessante. Mas tanto o argumento quanto os desenhos derrapam em momentos decisivos e tiram a força da série. Kohta Hirano tenta amenizar um pouco o clima com piadinhas e caricaturas no meio da HQ, mas isso destoa totalmente do ritmo da narrativa.

Para piorar, a edição com 88 páginas em formato 14 x 21 cm, em papel pisa brite e em preto-e-branco está custando R$ 6,90. Lógico que coisas como tiragem e direitos autorais da série influem no preço, mas é difícil para o leitor investir esse dinheiro para tão pouco retorno.

Talvez fosse o caso de a editora repensar a forma de publicação da série, aumentando o número de páginas ou diminuindo o preço.

Classificação:

4,0

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