HIKARU NO GO # 1
Editora: JBC - Revista mensal
Autores: Yummi Otta (roteiro) e Takeshi Obata (desenhos).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Janeiro de 2010
Sinopse
O desleixado Hikaru descobre o mundo do jogo Go ao ser possuído por um fantasma milenar, mestre do assunto.
Positivo/Negativo
Este é o primeiro volume do famoso mangá Hikaru no Go, sucesso estrondoso no Japão, que totalizou 23 volumes lançados entre 1998 e 2003.
O gibi adentra no mundo do Go, um tipo de jogo de tabuleiro que lembra o de damas, mas é muito mais complexo, repleto de possibilidades e lances, que são estudados por mestres e jogadores profissionais - e, nesse sentido, é mais próximo do xadrez.
O mangá tinha como intuito, além de divertir com mais uma história de superação e duelos emocionantes, popularizar novamente o jogo no Japão, no que foi muito bem-sucedido.
Mérito, em grande parte, para o roteiro de Yumi Hotta, que consegue transformar partidas de tabuleiro em verdadeiros combates, com reviravoltas e desfechos improváveis.
A trama funciona melhor ainda por contar com a arte de Takeshi Obata, que posteriormente assinaria também Death Note. O desenhista ainda não tinha o traço leve, fluido e detalhista que apresenta nas histórias de Light, mas já dominava a narrativa visual como poucos. Seus quadros bem diagramados e suas tomadas cinematográficas ajudam a conferir emoção às partidas de Go.
Mas, apesar das inegáveis qualidades, o mangá não apresenta nada muito diferente da estrutura conhecida de histórias do mesmo estilo, como Yu Gi Oh, com algumas particularidades, como a rivalidade ambígua entre Hikaru e Akira. A sensação, para quem já leu muitas HQs japonesas, é de "mais do mesmo". Ainda assim, vale a pena conferir.
Importante levantar duas diferenças da produção brasileira para a japonesa. Enquanto a edição nacional não traz nem um editorial para contextualizar o leitor sobre o Go ou os autores, a nipônica se preocupa com os mínimos detalhes da obra, contando até com a supervisão de um especialista em Go nos créditos: o mestre Yukari Umezawa, graduado no 5º dan.
Uma lição para as editoras brasileiras, que devem se preocupar mais e mais com a qualidade de seus trabalhos.
Classificação: