HOLY AVENGER # 42
Autores: Fran Elles Briggs (roteiro) e Erica Awano (arte).
Preço: R$ 2,99
Número de Páginas: 32
Data de lançamento: Janeiro de 2004
Sinopse: Cinco anos depois de enfrentar o Paladino, Sandro recebe a visita de uma velha amiga de infância. Ela pede para que ele o acompanhe numa última aventura, mas o rapaz tem dois filhos para criar e uma esposa meio temperamental (além de bastante poderosa).
E tudo fica mais complicado quando as duas mulheres resolvem bater um papo amigável, deixando o ex-ladrão de babá.
Positivo/Negativo: Desde a última metade dos anos 80, quando revistas como a saudosa Chiclete com Banana vendiam 100 mil exemplares mensais, os quadrinhos nacionais não faziam sucesso nas bancas, exceto pelos títulos de Mauricio de Sousa.
Holy Avenger surgiu como quem não queria nada, talvez apenas uma jogada de marketing para divulgar um RPG nacional, recém-criado pelos editores da revista Dragão Brasil. Mas a história cresceu, caiu no gosto do público e se tornou bem mais do que isso.
Hoje, muitos tentam entendem o fenômeno que manteve um título nacional nas bancas durante 40 meses, com o mesmo preço de capa todo esse tempo. Mas, ao contrário do que vários donos de editora pensam, não existe mistério nenhum nisso.
É simples: a série tinha uma relação custo X benefício excelente. Por apenas R$ 2,80 (enquanto uma Premium, da Abril, custava quase 10 reais), você podia ler uma história divertida e descompromissada, que agradava tanto fãs de RPG e fantasia medieval quanto leitores de mangá.
Verdade seja dita, a JBC e a Conrad Editora ainda não tinham estourado com Samurai X e Dragon Ball, e a Panini Comics também não existia. Quando essas coisas aconteceram, Holy já havia se firmado no mercado. Mesmo assim, a série tem vários outros méritos.
A decisão de terminar a publicação no número 40 foi um deles, tomada corajosamente no auge do sucesso. Como dizia Neil Gaiman, "uma boa história tem começo, meio e fim". Então por que lançar esta seqüência? Remorso por ter matado a galinha dos ovos de ouro?
Talvez não, porque esta continuação não foi escrita por Marcelo Cassaro. E o único propósito dela é amarrar algumas pontas soltas deixadas no meio do caminho, seguindo as clássicas conclusões dos mangás (aquelas que mostram os personagens depois de alguns anos).
Mais do que isso, parece ter sido feita para criticar a superficialidade do romance entre Lisandra e Sandro, já que eles passaram quase toda a história separados. Quer dizer, lá no fundo, esta edição é completamente desnecessária, mas os fãs, com certeza, não irão se furtar de possuir mais algumas amostras da arte de Erica Awano.
No quinto quadrinho da página 10, faltou uma letra "A" no segundo "para" dito por Sandro. Tipo de erro que uma simples revisão evitaria.
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