HOMEM-ARANHA # 111
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: O povo no poder - Mark Waid (roteiro), Paul Azaceta (desenhos e arte-final) e Stephen Wacker e Dave Stewart (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 612 a # 614.
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Março de 2011
Sinopse
Arco em três partes, com os primeiros momentos da série de aventuras em que o Homem-Aranha terá que enfrentar, de uma só vez, seus maiores inimigos.
Tudo faz parte do plano da ex-noiva de Kraven, envolvendo a filha do falecido vilão e a participação involuntária de Madame Teia e Mattie Franklin (ex-Mulher-Aranha).
Nesta edição, Electro, revoltado com a perda de seus investimentos em Wall Street, convoca os nova-iorquinos contra os magnatas dos Estados Unidos, elegendo CD Bennett - que receberia do governo federal uma ajuda de bilhões de dólares para seu jornal - o bode expiatório da "revolução". E ele ainda consegue o apoio popular.
Enquanto isso, os poderes do vilão aumentam, graças ao Pensador Louco, conferindo a ele novas e espantosas habilidades, como a de se transformar em energia pura e viajar pelas correntes elétricas.
Positivo/Negativo
Alguns subplots e HQs curtas protagonizados pela filha e a ex-noiva de Kraven vinham pipocando nas páginas de Homem-Aranha havia quase 20 edições.
A partir de agora, o mistério começa a ser desvendado. Mas não sem, antes, colocar mais pontos de interrogação para atiçar a curiosidade do leitor.
Homem-Aranha # 111 faz esquecer a vergonha alheia que a edição anterior causou.
Tem os desenhos de Paul Azaceta - bons, no geral, mas em alguns momentos tropeçando na anatomia do Homem-Aranha (ele até aparece barrigudo!) -, uma colorização com certo clima sombrio e o excelente roteiro de Mark Waid, que soube transformar Electro em um vilão poderoso e assustador (o primeiro passo foi eliminar alguns elementos do seu uniforme ridículo).
A ação intensa entre Homem-Aranha e Electro e a tensão psicológica da caçada do vilão a CD Bennett imprimem um ritmo frenético às três HQs, que ainda encontram brecha para algumas doses de humor - como a reação irascível de Michelle Gonzales diante de May Parker e Jameson Sênior e os "monólogos" do escalador de paredes.
Quem também se destaca é o prefeito John Jonah Jameson, ao esquecer o ódio pelo Homem-Aranha, aceitar sua ajuda e ceder o Esquadrão Antiaranha para deter Electro no prédio do jornal CD (ex-Clarim Diário).
O desenrolar dessa aliança culmina com a destruição do edifício, em uma cena emblemática de meia página que, curiosamente, mostra dois prédios desabando lado a lado e deixando uma imensa cratera marcando um vazio na paisagem.
Isso lembra alguma coisa relacionada ao dia 11 de setembro de 2001?
E só para não deixar passar batido, vale apontar o deslize ortográfico na segunda HQ da edição, na grafia do verbo "pôr" sem acento.
Classificação: