HOMEM-ARANHA # 112
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: O castelo de Keemia - Partes 1 e 2 - Fred Van Lente (roteiro), Javier Pulido (desenho e arte-final) e Javier Rodriguez (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 615 e # 616;
Rinoceronte em fúria - Joe Kelly (roteiros), Max Fiumara (desenhos), Javier Pulido (arte-final) e Fabio D'Auria e Matt Hollingsworth (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 617.
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Abril de 2011
Sinopse
O castelo de Keemia - As armas usadas em três misteriosos assassinatos somem do departamento de provas forenses no qual trabalha Carlie Cooper, que acaba suspensa e sob investigação da polícia.
A fim de ajudar a amiga a provar sua inocência, o Homem-Aranha investiga o caso e descobre que as três mortes estão ligadas ao desaparecimento de Keemia, uma menina órfã de origem hispânica.
O herói encontra a garota vivendo em um castelo construído pelo Homem-Areia, que a raptara para criá-la como filha.
Rinoceronte em fúria - Um novo Rino está à solta. E ele é ainda mais perigoso que o original.
Positivo/Negativo
A sequência de confrontos entre o Homem-Aranha e seus inimigos clássicos continua rendendo boas HQ.
Os vilões estão sendo convocados um a um por Sasha e Ana Kravinoff, para um iminente ataque maciço contra o herói. Mas, enquanto isso não acontece, o "amigão da vizinhança" os enfrenta separadamente.
Para azar do escalador de paredes, os inimigos estão voltando ainda mais poderosos. Primeiro, Electro adquiriu novas e fantásticas habilidades (como visto na edição anterior). Agora, o Homem-Areia pode se dividir em várias cópias e controlá-las mentalmente como se todas fossem um só indivíduo.
Em O castelo de Keemia, arco em duas partes, esse novo poder de Flint Marko acaba provocando o assassinato de três pessoas, quando algumas das cópias de Homem-Areia agem sem a sua anuência consciente.
Na trama, o vilão rapta uma menina que chama de filha e constrói para ela um imenso castelo de areia, onde vivem isolados.
Ele não é o pai verdadeiro de Keemia. Como apontou o Homem-Aranha, o vilão nem ao menos tem o "instrumento essencial para fazer neném". Mas os dois cultivaram um relacionamento parental que, se trouxe a afetividade paterna ausente na vida da garota, também resultou em tragédia para quem se envolveu na história, direta ou indiretamente.
São duas ótimas HQs, com bons desenhos (ora lembrando a arte de Paul Pope, ora remetendo a Steve Ditko), cores chapadas no melhor estilo retrô e um roteiro que dosa momentos eletrizantes numa narrativa reflexiva.
Outro vilão antigo retorna em Rinoceronte em fúria. No entanto, é um reformulado, mais mortal e superpoderoso Rino que dá as caras para desafiar Aleksei Sytsevich, o primeiro e até então único a vestir a pele do supercriminoso.
Agora regenerado e livre da pele artificial de rinoceronte fixada durante anos em seu corpo, Aleksei está casado e trabalha honestamente como segurança de um cassino. Sem forçar a barra, o roteirista Joe Kelly consegue fazer o personagem ganhar a simpatia do leitor.
Uma curiosa sequência da luta entre o antigo e o novo Rino, nesta aventura pontuada por humor e com desenhos fracos, é um destaque que muitos poderão considerar de mau gosto.
Nela, o supervilão levanta um cavalo pelo pescoço e o acerta "à queima-roupa" em cima de Aleksei. A onomatopeia do animal sendo esmagado e o rio de sangue que toma conta do segundo plano da cena seguinte é algo para não ser esquecido tão cedo. O Homem-Aranha até aproveita para fazer uma piada sobre uma possível visita da sociedade protetora dos animais ao cassino.
Nem nos quadrinhos de faroeste os pobres cavalos costumam morrer de forma tão bizarra.
Homem-Aranha # 112 também traz muitas mancadas editoriais.
Há erros gramaticais (como na expressão "a lá", em vez de "à la"). Palavra faltando letra. O nome da garota "Keemia" grafado duas vezes como "Kemia". Um policial homem sendo tratado num recordatório como "uma" sargento. E duas informações conflitantes sobre o desenhista da capa - o verdadeiro autor é Paolo Manoel Rivera, como apontado na última página, e não Max Fiumara, conforme registrado equivocadamente na reprodução da ilustração no interior do gibi.
Mas o erro mais grosseiro foi a repetição, na última história, dos créditos das duas primeiras HQs. Basta bater os olhos rapidamente para ver que ao menos os desenhos de Rinoceronte em fúria não lembram nem de longe o estilo da arte de Javier Pulido.
Os créditos corretos da equipe criativa da HQ estão registrados no cabeçalho desta resenha.
Classificação: