HOMEM-ARANHA # 113
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Mysterioso - Parte 1 - Desassassinato Limitada - Dan Slott (roteiro), Marcos Martín (desenhos e arte-final) e Javier Rodriguez (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 618;
Mysterioso - Parte 2 - O truque do reaparecimento - Dan Slott (roteiro), Marcos Martín (desenhos e arte-final) e Javier Rodriguez (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 619;
Mysterioso - Parte 3 - Espelhos e fumaça - Dan Slott (roteiro), Marcos Martín e Javier Pulido (desenhos e arte-final) e Javier Rodriguez (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 620.
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Maio de 2011
Sinopse
O arco Mysterioso, em três partes, apresenta a volta de Mystério.
O vilão retorna com novas habilidades e participa de ações criminosas que abalam não apenas a máfia nova-iorquina, mas a vida de Peter Parker e de seu alter ego, o Homem-Aranha.
Positivo/Negativo
Roteirizar uma HQ do personagem Mystério não é tarefa fácil. A obviedade das tramas que envolvem o vilão gira sempre em torno de alguma situação ser ou não ilusória e costuma acabar em mesmice.
Mas neste arco completo de Homem-Aranha # 113, Dan Slott conseguiu mudar esse panorama, colocando o vilão nos bastidores, travestido de um protagonismo exercido, na verdade, por outros personagens.
O modus operandi de Mystério também sofreu uma ligeira transformação, como a criação de uma equipe de capangas e o uso de robôs ligados a ele por controle de repetição de seus movimentos.
E também aumentou seu raio de atuação ao manipular uma guerra entre as famílias mafiosas da Maggia, do Sr. Negativo e do Cabelo de Prata.
É esse clima policial, com mafiosos, atentados sangrentos, tiroteios e subtramas detetivescas, que remete a uma das mais celebradas e inesquecíveis fases do Homem-Aranha: a que tinha a capitã Jean DeWolff como coadjuvante.
Em Mysterioso, ela é citada nominalmente e, no final, também aparece como um disfarce do Camaleão. E ainda é lembrada na figura da capitã Yuri Watanabe, admiradora do Homem-Aranha e disposta a ajudá-lo a fixar a imagem de herói e colaborador da polícia.
Com ação desenfreada do começo ao fim, além de subplots que ainda vão render outras aventuras - como a alteração de personalidade da Tia May, cortesia do Sr. Negativo -, este arco traz um clima clássico potencializado pelos competentes desenhos de Marcos Martín.
O traço tradicional do artista, sem afetações na fisionomia ou nos movimentos dos personagens, também prima por trazer o rosto "original" de Peter Parker, aquele imortalizado por John Romita Sênior e que nos últimos tempos vem sofrendo alterações ao gosto e estilo dos desenhistas.
As cores chapadas das três HQs reforçam esse gosto de "velhos tempos".
Mas esta edição, como muitas das anteriores, tem diversos erros de português, alguns deles recorrentes.
É o caso do verbo "pôr" grafado três vezes sem o acento, além de "dia a dia" com hífens. O primeiro não mudou com a nova ortografia; o segundo, sim. A revisão da Panini parece não ter se dado conta disso e continua incorrendo nos mesmos erros.
Sem contar que, na última HQ, há algumas palavras faltando letras, como "ou" em vez de "sou" e "passado" no lugar de "passando".
Classificação: