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HOMEM-ARANHA # 115

1 dezembro 2011

HOMEM-ARANHA # 115

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Revirando lixo - Mark Waid e Tom Peyer (roteiro), Paul Azaceta (desenhos e arte-final) e Andres Mossa (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 623 e # 624;

Espécie em extinção - Joe Kelly (roteiro), Max Fiumara (desenhos e arte-final) e Fabio D'Auria (cores) - Originalmente em Amazing Spider-Man # 625.

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Julho de 2011

 

Sinopse

Revirando lixo - Trabalhando para a família Kravinoff - que continua convocando os maiores inimigos do Homem-Aranha para formar um grupo de ataque contra o herói -, Electro liberta da prisão o novo e mortífero Abutre.

O vilão rapinante sai em busca de vingança contra quem o transformou numa monstruosa criatura. A caçada o leva a J. Jonah Jameson, prefeito de Nova York, que parece ser vítima de uma armação.

Convencido da inocência de Jameson depois de, agindo como Homem-Aranha, salvá-lo das garras do Abutre, Peter Parker envia para a primeira página do jornal Linha de Frente uma montagem fotográfica que isenta o prefeito de qualquer culpa.

Espécie em extinção - O regenerado Aleksei Sytsevich veste pela última vez sua antiga pele de Rino, para confrontar o novo criminoso que assumiu a identidade do vilão.

O embate será mortal para ambos.

Positivo/Negativo

Depois da pausa que a edição anterior promoveu na convocação dos maiores vilões do escalador de paredes, o Corredor Polonês voltou a atormentá-lo, transformando a vida do herói no velho mar de espinhos que todos já se acostumaram a vê-lo enfrentar.

HOMEM-ARANHA # 115

Mas o resultado da fuga do novo Abutre, no arco em duas partes Revirando lixo, foi além da ótima sequência de luta entre ele e o Homem-Aranha e da perseguição do vilão a J. Jonah Jameson - nas quais o roteirista Mark Waid desfila seu característico estilo tenso (e intenso) de narração.

Desta vez, foi Peter Parker quem sofreu o maior golpe, ao produzir uma montagem fotográfica que inocenta o prefeito de Nova York da acusação de responsabilidade pela criação do novo Abutre.

A atitude imprópria do sempre bom moço fotógrafo já seria suficiente para causar espanto e se destacar nesta aventura cheia de sobressaltos. No entanto, a reação de Jameson é responsável pelo maior impacto da HQ, com consequências desastrosas para o futuro de Parker.

O irascível prefeito convoca uma coletiva de imprensa para revelar que a foto não era verdadeira e, diante de uma surpresa plateia, demite Peter em nome da ética e da honestidade.

Talvez pela primeira vez, em quase 50 anos de vida editorial do Homem-Aranha, o leitor tenha apoiado uma ação de J. Jonah Jameson contra o herói.

E ainda há espaço para uma volta aos divertidos tempos dos supercriminosos com uniformes ridículos e personalidades imbecis, aqui revividos na forma do risível Simon Simples, na verdade um participante do reality show "Quem quer ser um supervilão?".

O arco só não é perfeito por culpa dos deslizes do desenhista Paul Azaceta, que, apesar do estilo clássico e sem afetações, ainda tropeça na anatomia de alguns personagens, principalmente no Homem-Aranha - que às vezes aparece barrigudo ou com protuberâncias esquisitas no tronco.

Também não muito interessantes são os desenhos de Max Fiumara, em Espécie em extinção. Mas, ainda assim, vale a pena ler o fim da "saga da regeneração do Rino".

HOMEM-ARANHA # 115

Acertou quem não apostava que Aleksei Sytsevich passaria muito tempo ao lado dos mocinhos. Afinal, foi assim com Homem-Areia, Venom e muitos outros vilões da Marvel, que logo voltaram ao mundo do crime.

Mas o roteirista Joe Kelly teve o mérito de conseguir fazer o leitor acreditar que a história seria diferente com Rino - ou ao menos torcer para que assim fosse.

Os motivos que levam o personagem a ir ao outro extremo e voltar - ao custo da própria vida - são, no mínimo, lógicos e aceitáveis o bastante para criar um canal de empatia com o leitor. "Pena que não deu certo", alguns podem dizer.

Inexplicavelmente, a Panini não creditou a HQ (confira os autores no cabeçalho desta resenha).

E essa não foi a única falha editorial da revista. Novamente, o verbo "pôr" foi grafado sem o acento. O erro é tão recorrente no gibi do Homem-Aranha, que já foi cometido várias vezes numa mesma edição.

Está na hora de pôr a revisão em dia.

Classificação:

4,0

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