HOMEM-ARANHA # 12
Título: HOMEM-ARANHA # 12 (Panini) - Revista mensal
Autores: Paul Jenkins e Peter Milligan (argumentos), Mark Bunckinghan e Duncan Fegredo (desenhos) e Wayne Faucher e Duncan Fegredo (arte-final).
Preço: R$ 7,50
Data de lançamento: Dezembro de 2002
Sinopse: Heróis não choram - A história apresenta a um garoto com sérios problemas familiares, que encontra como único alívio à sua dura realidade, uma parceria com o Homem-aranha.
Grande bolada - Um investigador de uma seguradora especializada em danos causados por super-heróis fica obcecado por descobrir a identidade secreta do Homem-Aranha, seguindo todos os seus passos do durante os últimos seis anos. Agora, ele está prestes a desmascará-lo, e espera conseguir um bom lucro com isso.
Dia de neve - De forma muito bem-humorada, são mostrados os apuros em que o Homem-Aranha se mete para chegar à casa de sua Tia May durante o dia mais frio do ano. Como se isso tudo não bastasse, ele dá de cara com um certo Abutre à procura de vingança.
Flores para Rino - Parte 2 - Cornucópia - Após sofrer uma "delicada" operação para ficar mais inteligente, Rino começa um império do crime. No entanto, acaba por descobrir o verdadeiro significado da frase "cuidado com o que você deseja, pois pode acabar conseguindo".
Positivo/Negativo: Apesar dos protestos de alguns fãs, a Panini manteve a conclusão do arco da descoberta da identidade do Aranha pela tia May para janeiro, mas, ao contrário do que aconteceu com a revista dos X-Men, na qual fizeram o mesmo com a fase de Grant Morrison e houve uma queda drástica na qualidade, aqui o nível da história foi mantido, graças a Paul Jenkins.
A primeira historia é quase uma fábula infantil, explorando de forma fantástica o impacto e a importância que o Homem-Aranha exerce sobre outras pessoas, nesse caso uma criança. O enredo é finalizado de uma forma emocionante, com o heróis se despedindo do garoto e fazendo uma grande revelação.
Já a segunda trama tem um ritmo mais lento, que conduz o leitor a um final no mínimo inesperado, e no máximo ridículo (no bom sentido da palavra).
Dia de neve talvez seja a única história desta edição focada no Aranha, e faz o leitor recordar as clássicas perseguições a bandidos pelas ruas do subúrbio de Nova York. Apesar do tom cômico, há uma interessante análise do relacionamento entre o Abutre e o Cabeça-de-Teia.
A conclusão, com a ótima Flores para Rino, mostra os resultados da operação que ele sofreu na edição anterior, e como isso o ajuda a construir um império, só que a sua recém-descoberta inteligência, começa a transformar sua vida em algo vazio e desprovido de sentido. Realmente, uma historia muito boa, engraçada, e inteligente, que prova que Peter Milligan é um dos grandes roteiristas da atualidade, e um dos mais versáteis.
O único ponto negativo da revista é o fato de a Panini insistir em "guardar" as histórias de Straczynski (o que chega a incomodar, devido à expectativa criada para saber como a Tia May reagirá à descoberta da identidade secreta do Homem-Aranha).
Fora isso, esta é uma das melhores edições do ano, ideal para quem queira relembrar das doses certas de humor, drama e ação que transformaram o Homem-Aranha num dos personagens mais queridos do mundo.
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