HOMEM-ARANHA # 46
Título: HOMEM-ARANHA # 46 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: MK Spider-Man - Mark Millar (roteiro) e Frank Cho (desenhos);
Pulse - Brian Michael Bendis (roteiro) e Mark Bagley (desenhos);
Espetacular Homem-Aranha - Paul Jenkins (roteiro) e Humberto Ramos (desenhos);
Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2005
Sinopse: MK Spider-Man - A luta final com o novo Venon dará muito trabalho para o Aranha.
Pulse - Norman Osborne enlouqueceu de vez, se revelou como o Duende Verde e, depois de atacar Jessica Jones, enfrentará a fúria de Luke Cage.
Espetacular Homem-Aranha - A Rainha continua à solta, mexendo com a cabeça de Peter e de várias outras pessoas, um problema que necessita da interferência do Capitão América.
Homem-Aranha - Enquanto Peter tenta salvar a vida de Sarah, Gabriel encontra seu destino no legado do Duende Verde.
Positivo/Negativo: A única boa história de Pecados Pretéritos foi a mostrada em Homem-Aranha # 44, com a revelação dramática da verdade sobre Gwen Stacy. Depois disso, a saga não passou de uma fraca história cujo único apoio é uma revelação "bombástica".
Esta edição tem até uma tentativa de um certo simbolismo, com a luta entre os sangues do Aranha, que ele doa para salvar Sarah, e de Osborne, que falou mais alto em Gabriel. O final não poderia ser mais patético e clichê: o vilão com amnésia. Pelo menos, os desenhos do brasileiro Deodato valem a pena.
A breve estada de Pulse na revista do Aranha foi bastante proveitosa, explicou o começo da primeira história de MK Spider-Man e foi bem divertida, com aventura, drama e bom humor. Um ponto alto foi a idéia de como será a vida do casal Jessica Jones e Cage, ambos impulsivos e esquentados.
Ela, quando acha que o Duende matou seu bebê, parte pra cima do vilão e depois se põe a chorar; e Cage, quando descobre, vai quebrar a cara de Osborne, porque ninguém mexe com a família dele.
Infelizmente, Mark Bagley deve estar sofrendo pelo excesso de trabalho. Não que seus desenhos estejam ruins, mas ele já foi mais cuidadoso. Seu Luke Cage ficou péssimo.
A história de Paul Jenkins, que de alguma foram está interligada com Vingadores - A Queda, não está lá essas coisas. Tem um pouco de humor, um fim intrigante com o prenúncio da volta das transformações de Peter em uma aranha humana, mas no geral não acontece nada. Quem sabe mês que vem...
Mas o verdadeiro estrago fica por conta de Humberto Ramos e seus desenhos estranhos e deformados. São artistas como ele que causam uma verdadeira ojeriza ao estilo de traço "mangálizado".
A conclusão de Venenoso não é um dos melhores momentos de Mark Millar no título. Os dois desfechos não fugiram do óbvio: a morte de Ângelo e Peter entregando um dinheiro para salvar o neto do Abutre.
Há ainda o suicídio de Eddie Brock, bem sem propósito, já que certamente voltará bem vivo como Venon. Isso sem contar a forçada de barra com Peter mostrando fotos do filho de J. J. Jameson como o Homem-Aranha para encerrar a caçada ao herói. Como o famigerado editor aceitaria isso sem antes falar com seu rebento? E como o alter ego do Cabeça-de-Teia pode acreditar que ele nunca confrontará o filho com as fotos e descobrirá que foi enganado?
Apesar disso, há dois bons momentos: a morte do sujeito vestido de Aranha em uma telhado, muito bem desenhada por Frank Cho; e a ligação do raptor da tia May, que diz estar elevando o nível da galeria de vilões do herói.
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