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Reviews

HOMEM-ARANHA # 48

1 dezembro 2006


Título: HOMEM-ARANHA # 48 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: MK Spider-Man - Mark Millar (roteiro), Terry e Rachel Dodson (arte);

Espetacular Homem-Aranha - Paul Jenkins (roteiro) e Paco Medina (desenhos);

Venom - Daniel Way (roteiro) e Skottie Young (desenhos);

Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2005

Sinopse: MK Spider-Man - O Aracnídeo e a Gata Negra ajudam Norman Osborn a fugir da prisão antes que ele seja assinado.

Espetacular Homem-Aranha Peter Parker já foi o Homem-Aranha. Agora, no entanto, nada mais restou de sua humanidade. É a conclusão de Transformações.

Venom - É hora da porrada! Venom versus Venom.

Homem-Aranha - A volta de um amigo de infância traz muitos problemas a Peter Parker.

Positivo/Negativo: O que se pode dizer de uma edição que tem três Venons? Tudo bem que no passado esse coadjuvante se mostrou interessante, um terrível inimigo para o Homem-Aranha, mas ganhar um título próprio já passa dos limites. Ainda mais quando é ruim ao extremo, defasada cronologicamente (está em média oito meses atrasado em relação às demais da revista) e com um desenho péssimo.

A única vantagem de ter Venom no mix do Aranha, e não 24 páginas em branco, é que você pode rir dos absurdos e falar mal para os colegas. Assunto não vai faltar.

Há dois Venons com uniformes idênticos e a única forma de saber quem é quem é pela cor: o de Eddie Brock é um pouco mais azul e o de Patrícia Robertson, mais preto. Portanto, leia a revista ao meio-dia em campo aberto para ter iluminação suficiente para entender a história. Se não conseguir distingui-los, não tem problema, o resto da trama é tão misterioso que nem o editor deve estar acompanhando.

Basta dizer que tem um sujeito baixinho, gorducho, formado por milhares de pequenos robôs aranhas, que mora em uma arca na órbita da Terra (não se espante se em algum momento for revelado que ele é o próprio Noé da Bíblia) e, além disso, sabe um código maluco que lhe dá direito de mandar no Nick Fury. Esse cara merece uma revista própria, não o Venom. Mas continue com o pensamento positivo, leitor... mais três meses e isso acaba.

Mas se pensa que só Venom é ruim na revista, está muito enganado. Ainda tem que passar pela conclusão da história da Rainha e do Aranha humano de Paul Jenkins. Esse arco tem um sério defeito de ser ruim e ainda gerar muitas repercussões.

Nesta edição, Jenkins conseguiu conduzir a linha principal de ação de uma forma mais ágil, melhorando um pouco, mas, ainda assim, a trama é fraca. O comportamento de Mary Jane foi incoerente durante todo o arco.

O desenho de Paco Medina, que tenta trazer as linhas ágeis do mangá para o traço ocidental é, no mínimo, mal orientado. É triste ver que um artista com uma certa experiência não tenha amadurecido a ponto de ter um estilo mais definido e constante.

A pior parte desse arco é que uma história tão ruim foi usada para justificar a aparição de alguns Vingadores e alavancar as vendas com a publicidade do evento A Queda e para mudar a fisiologia do Aranha drasticamente. Agora, o personagem lança teia orgânica e se comunica com todos os insetos. E as aranhas nem são insetos!

Se você leu essas duas histórias, saiba que o pior já passou. J. Michael Straczynski fez uma aventura normal. Criou um novo personagem que até o momento parece uma versão vermelha do Magma. Deu uma oportunidade para Deodato demonstrar sua versatilidade quando fez um traço menos realista para contar a juventude de Peter - a única coisa que estragou essas páginas foi a opção, provavelmente do arte-finalista, de usar pontos nas sombras, o que deu uma cara de pop art que destoou do restante do desenho.

Fora isso, a edição não incomoda tanto quanto o restante do mix e teve uma página bem legal, a 92, mostrando o tempo passar na vida do herói.

Como o melhor fica para o final, nem é preciso falar muito da história de Millar. Por comparação, é a melhor da revista, o que não é lá um grande elogio. Mas a trama está realmente boa, assim como toda a passagem do autor pelo título.

Ele conseguiu resgatar aquele espírito do Aranha que sempre apanha, mas continua lutando. Além disso, em uma seção nostalgia, reuniu os vilões tradicionais do personagem em um grupo de 12 sinistros. Até a mudança do Escorpião para o novo Venom foi bem conduzida.

Para não dizer que o título só merece elogios, há um defeito na arte. O casal Dodson, apesar de ter um traço bacana, em alguns momentos faz cenas escuras demais, deixando alguns personagens difíceis de reconhecer

 

Classificação:

4,0

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