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Reviews

HOMEM-ARANHA # 49

1 dezembro 2006


Título: HOMEM-ARANHA # 49 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: MK Spider-Man - Mark Millar (roteiro), Terry e Rachel Dodson (arte);

Espetacular Homem-Aranha - Paul Jenkins (roteiro) e Talent Caldwell (desenhos);

Venom - Daniel Way (roteiro) e Skottie Young (desenhos);

Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato e Mark Brooks (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2006

Sinopse: MK Spider-Man - Homem-Aranha e Gata Negra travam uma última e desesperada batalha contra os Doze Sinistros.

Espetacular Homem-Aranha - Uma inusitada partida de pôquer coloca os maiores heróis de Nova York contra Wilson Fisk.

Venom - Descubra a origem de Bob e tente entender por que querem matar o simbionte.

Homem-Aranha - Descontrolado, Charlie Weiderman ameaça destruir não só a reputação, mas a própria vida de Peter Parker.

Positivo/Negativo: A revista conseguiu recuperar o fôlego nesta edição. Após os fãs amargarem vários meses bem fracos com histórias péssimas e desenhos horríveis, o título do Amigão da Vizinhança esboça uma virada.

Claro que o fato de Venom ainda ter dois números antes do final desanima qualquer um, mas ao menos as outras três histórias do mix são divertidas.

MK Spider-Man abre a revista com muita ação em um ritmo frenético, que deixa o leitor ansioso para ver a seqüência. Além das participações especiais dos outros heróis que vêm ao socorro do Homem-Aranha contra os 12 sinistros, a parte em que o aracnídeo corre para salvar Mary Jane e a luta com o novo Venom são realmente de tirar o fôlego.

O que preocupa um pouco é a cena final com o Duende Verde segurando Mary Jane na ponte onde assassinou Gwen Stacy. É difícil imaginar que solução Millar pode dar a essa situação sem ficar com um final clichê, o que seria um triste fim para um bom arco. O jeito é esperar para ver.

Enquanto isso, o casal Dodson poderia dar uma melhorada na arte, que continua escura demais e deixa a desejar nos detalhes. Além disso, alguns personagens ficaram com um visual diferente demais; o Dr. Octopus, por exemplo, rejuvenesceu uns 30 anos.

Venom nem merece comentários. Apesar de esta edição esclarecer um pouco a trama, permitindo que o leitor ao menos tenha uma idéia do que está acontecendo, pouco acontece. Soma-se a isso o fato de que o roteirista está tirando algumas idéias de Matrix, como a da agente renegada que tira o seu fone de ouvido e passa a agir independentemente, igual ao Agente Smith dos filmes.

A arte de Skottie Young é desproporcional em alguns momentos, geralmente muito estranha. Mas devido à falta de uma história para contar, ele pode fazer um trabalho mais expansivo e criar cenas bacanas. Na página 37, por exemplo, a idéia do personagem no beiral do telhado na chuva pode ser um pouco batida, mas foi bem resolvida, principalmente com a seqüência na parte inferior e a página dupla a seguir.

Muita gente pode torcer o nariz para a história de Espetacular Homem-Aranha. É óbvio que Jenkins tirou a idéia dos heróis jogando pôquer e doando para a caridade do programa americano Celebrity Poker Showdown (exibido no Brasil pelo canal de TV a cabo Sony), no qual celebridades norte-americanas se enfrentam e o vencedor oferece a bolada para uma instituição.

Também é claro que a maioria das coisas que acontecem são absurdas, principalmente a presença do Rei do Crime. Mas não há como terminar a leitura sem um sorriso no rosto. Além da história bizarra da gangue masoquista com quem o Aranha luta, a vitória dele e a página final são bem divertidas.

A arte de Talent Caldwell é bem executada, um traço bem definido, claro. Ele poderia apenas diminuir um pouco os riscos que deixa nos rostos estudando uma forma melhor de trabalhar as sombras.

Homem-Aranha está bem morna. Nada de muito sério acontece. A principal função da história é contar mais do relacionamento de Peter e Charlie no colégio. O que ficou interessante foi a estrutura narrativa usada para ligar o presente e os flashbacks, que funcionou devido ao contraste entre a arte detalhista de Deodato e o traço mais simples e estilizado de Mark Brooks.

Duas coisas precisam ser comentadas. A primeira é a fala do analista financeiro na TV sobre a queda das ações da Time Warner, por causa da falta de criatividade na sua divisão de quadrinhos, a DC - e tome cutucada na concorrência. A segunda é a briga do tio Ben com quatro atletas jovens. Ele até pode ter treinamento militar, mas certamente estaria fora de forma.

 

Classificação:

4,0

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