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HOMEM-ARANHA # 50

1 dezembro 2006


Título: HOMEM-ARANHA # 50 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: MK Spider-Man - Mark Millar (roteiro), Terry e Rachel Dodson (arte);

Espetacular Homem-Aranha - Paul Jenkins (roteiro) e Talent Caldwell (desenhos);

Venom - Daniel Way (roteiro) e Skottie Young (desenhos);

Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato e Mark Brooks (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Fevereiro de 2006

Sinopse: MK Spider-Man - O Homem-Aranha luta para tentar impedir que o Duende Verde reprise com Mary Jane a tragédia de Gwen Stacy.

Espetacular Homem-Aranha - Descubra o que aconteceu com o Verme Mental (e quem ele era, caso você não se lembre).

Venom - Uma história de proporções bíblicas.

Homem-Aranha - Charlie Weiderman agora tem o poder que sempre quis. É hora da vingança.

Positivo/Negativo MK Spider-Man apresenta uma história tão boa, que é possível relevar o fato de a mesma revista publicar Venom. Millar teve uma sacada impressionante, fez um arco longo e, ainda assim, muito coeso, com todos os elementos convergindo para essa última aventura.

A edição tem tudo, um confronto violento, um ritmo desesperador, dois resgates fantásticos e um final feliz. Agora, o que deixa qualquer um de queixo caído é a ultima página. Foi o melhor jeito que poderia acabar uma história como esta: uma carta, totalmente inesperada, que Norman Osborn deixou programada para ser enviada para Peter caso ele fosse derrotado.

A idéia não só fecha a trama, como dá um outro olhar para a discussão entre os dois sobre o rumo que suas vidas tomaram, e como eles poderiam ser melhores se não fossem supers.

Até o casal Dodson, que em várias edições pisou na bola fez seu melhor trabalho neste gran finale. Um desenho bem cuidado, com atenção aos detalhes, que captou as cenas de ação e o clima tenso do resgate da tia May.

Há um bom tempo, o Aranha não vivia uma história tão interessante. Se você se afastou da revista pela qualidade duvidosa do mix, vale a pena voltar, nem que seja apenas por esta edição.

Falta só uma história para Venom acabar. Mesmo assim, contrariando as expectativas, consegue ficar cada vez pior. Na resenha da edição # 48 foi comentado, em tom de brincadeira, que o leitor não deveria se espantar caso o Bob fosse o próprio Noé.

Infelizmente, isso se revelou um spoiler, já que neste número a trama toma proporções bíblicas e, aparentemente, o Venom e todas essas coisas absurdas que estão acontecendo são um refluxo de um plano destruir a vida na Terra que foi abortado, acontecendo apenas o pequeno dilúvio registrado na Bíblia!

É difícil determinar exatamente quando um roteirista passa da linha... mas Daniel Way passou e continuou indo em frente com essa história maluca.

O traço estilo mangá de Skottie Young funciona legal para o simbionte alienígena e personagens fluídos como o Sr. Fantástico, mas no geral é um pouco sem graça. Contudo, é preciso dar um crédito ao rapaz, por aceitar desenhar esse roteiro, apesar de tudo que vem escrito nele.

Em Espetacular Homem-Aranha, como sempre, Paul Jenkins se destaca em uma história fechada. Ele é um escritor ideal para esses pequenos contos cheios de drama que se encaixam perfeitamente para um personagem trágico como Peter Parker.

Nesta trama, ele resgata um daqueles vilões de segunda que apareceram em duas ou três histórias antigas do Aranha, o Verme Mental, conta como ele virou um mendigo e o que seu poder tem feito com o quarteirão onde ele fica pedindo esmolas. Não é nada inesquecível, mas é um entretenimento bacana.

A arte de Talent Caldwell continua competente. Só é estranho o fato de, às vezes, misturar um desenho de traço tradicional com linhas retas e rápidas características dos mangá. Nos dois estilos ele se dá bem, mas falta decidir em que canoa ficará com o pé.

Homem-Aranha continua com aquele tipo de aventura mensal que distrai, mas da qual dificilmente você se lembrará num futuro próximo. É uma história bem executada, mas carece de uma subtrama que a enriqueça.

O que ajuda bastante são os desenhos de Deodato, que está conseguindo se estabelecer como um grande artista do personagem. O brasileiro não fica devendo nada ao seu antecessor Romita Jr., que cuidou do título por muitos anos.

Cabe um elogio à Panini pelo brinde aos leitores, um baralho em comemoração as 50 edições do título.

Classificação:

4,0

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