HOMEM-ARANHA # 51
Título: HOMEM-ARANHA # 51 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Espetacular Homem-Aranha - Samm Barnes (roteiro) Scott Eaton (desenhos);
Venom - Daniel Way (roteiro) e Skottie Young (desenhos);
Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato e Mark Brooks (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2006
Sinopse: Espetacular Homem-Aranha - Sarah, a misteriosa filha de Gwen Stacy, reaparece em Paris, internada num hospital após uma tentativa de suicídio. Cabe a Peter Parker tentar salvar a vida da jovem, mesmo que isso implique em arriscar seu casamento.
Venom - A última aventura da série, finalmente.
Homem-Aranha - A conclusão de Sob a Pele traz uma grande mudança para os Parker.
Positivo/Negativo: Sem MK Spider-Man, de Mark Millar, a revista patina e volta a ficar muito ruim. Nem a bela capa de Greg Land consegue levantar a edição.
A abertura é com duas histórias de Espetacular Homem-Aranha , agora com roteiro de Samm Barnes. E ambas decepcionam duplamente os fãs do aracnídeo, pois apesar de serem péssimas, percebe-se claramente que Barnes seria uma escritora excelente para o personagem.
Ela consegue destacar aquele lado pensativo do herói e fazer o contraponto com as falas e situações engraçadas em que se mete, além de saber trabalhar bem com a tia May e a Mary Jane.
No entanto, Barnes escolheu (ou o editor decidiu por isso) trabalhar com um tema polêmico, que deveria ter sido jogado no limbo depois do barulho que fez: retoma a história dos filhos de Gwen e Norman, criados há pouco tempo por J. Michael Straczynski, que fez algumas histórias legais com essa trama, mas com um final catastrófico.
Scott Eaton também não ajuda, com um trabalho que segue uma linha realista, mas sem os cuidados necessários. Se esses dois profissionais trabalhassem em uma história normal com o Aranha combatendo o vilão da semana, certamente seria algo agradável de ler, porém, mexer com uma temática tão amarga é muito difícil.
Venom não mereceria comentário. Na verdade, não deveria ser lido, mas uma coisa tem que ser dita: depois de amargar 18 edições de uma história confusa, sem pé nem cabeça, com a trama mais absurda que alguém poderia imaginar para um personagem que funciona como coadjuvante e não como protagonista, o leitor mereceria ao menos um final decente.
As duas últimas páginas não só são completamente sem propósito, como não explicam nada. Isso é bem diferente de deixar uma ponta solta, é o equivalente a não acabar uma trama. E não dá para dizer que o roteirista não teve tempo para desenvolvê-la.
A última história, apesar de não ser excelente e ficar devendo muito às boas já escritas por Straczynski, se salva pelo ótimo desenho de Deodato. Ele já vinha executando um belo trabalho, mas agora finalmente encontrou sua forma de desenhar o personagem.
O brasileiro acrescentou ao seu estilo realista baseado em fotografias efeitos e movimentos de ação que lembram os tempos de McFarlane.
O problema que Deodato tinha até agora é que o Aranha é um personagem extremamente flexível e com movimentos que não se encontra em fotos. Então, o desenhista começou a criar, colocou bastante teia nas cenas, soube trabalhar a movimentação dos saltos do herói e ainda se preocupou com os detalhes do uniforme rasgado pela luta.
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