HOMEM-ARANHA # 53
Título: HOMEM-ARANHA # 53 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato e Mark Brooks (desenhos);
Toxina - Peter Milligan (roteiro) e Darick Robertson (desenhos);
Homem-Aranha - Motim - Tony Bedard (roteiro) e Manuel García(desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Homem-Aranha - As vidas de Peter Parker e sua família estão em ruínas. É hora de seguir em frente, e a entrada do Homem-Aranha nos Novos Vingadores é a chave dessa mudança.
Toxina - O ex-policial Pat Mulligan convive com um monstro dentro de si... um monstro chamado Toxina.
Homem-Aranha: Motim - O Amigão da Vizinhança no meio da guerra entre os fugitivos da Balsa.
Positivo/Negativo: Homem-Aranha mostra o começo de uma nova fase na vida do herói. Com seu apartamento e a casa da tia May destruídos, Peter e sua família aceitam o convite de Stark e vão para a Torre dos Vingadores.
Essa história tem um pequeno problema cronológico por estar algumas edições à frente da trama que está se desenrolando em Vingadores. Então, detalhes como os heróis estarem morando na Torre e o Wolverine ter se juntado à equipe ainda não foram mostrados.
Apesar disso não ser um problema grave, já que a minissérie Homem-Aranha - Motim foi publicada no mesmo mês desta edição nos Estados Unidos e também se passa antes de o Aranha se juntar aos Vingadores, a edição nacional poderia ter um texto explicativo para os leitores que não acompanham a revista dos Novos Vingadores.
Fora isso, a trama está interessante. O arco parece mais uma história dos Vingadores do que uma aventura solo do Aranha, principalmente com um inimigo como a Hidra, que nunca foi tradicionalmente o estilo de vilão que o herói combate.
Mesmo assim, a aventura é boa. Quem se destaca é a tia May, tanto por ter armado um esquema paranóico para preservar o álbum de fotos da família, quanto por sua integração com os Vingadores e o Jarvis.
O Wolverine, apesar de não fazer o que faz de melhor, tem algumas cenas engraçadas quando fala da Mary Jane para o Peter e ao levar uma bronca da tia May.
Como sempre, Deodato está muito bem. Seu trabalho tem um realismo excelente e muitas referências fotográficas, mas com um desenho extremamente dinâmico.
Recortando os momentos certos de cada cena e com um bom uso de sombras, ele dá às cenas o realismo de uma, com o movimento de um filme.
Toxina é um título do qual pouco se espera. Pelo contrário, tomando por base a minissérie que deu origem ao personagem e o último título do Venon, a expectativa é por uma droga. Contudo, a revista surpreende.
Com uma discussão tomando a linha Dr. Jekill e Mr. Hide, a integração do policial Pat com o simbionte tem ficado interessante. A diferença é que agora o monstrengo não se resume a uma característica. O Venon se resumia ao ódio ao Aranha e o Carnificina à matança gratuita. Este não tem esse elemento sintetizador, permitindo que o personagem seja trabalhado de formas diferentes sem ser descaracterizado.
O começo se mostrou promissor. Com certeza, não é o melhor título dos últimos tempos, mas é divertido.
O desenho carregado de Darick Robertson funciona para a história. O grande problema é que o traço geral das feições e corpos dos personagens parece coisa de principiante; e não é o caso. Mas sua narrativa visual salva a trama.
Outro problema foi a fonte escolhida para as falas do simbionte. Com os balões muito escuros e a letra muito distorcida, algumas são difíceis de ler.
Homem-Aranha - Motim continua sem graça. A história começa a ganhar algum nuance interessante perto do fim, quando se revela o paradeiro da Agente da Gruta. Até aquele momento, só rolam lutas sem muito propósito. As participações do Capitão América e do Homem de Ferro também ajudaram a levantar a revista.
Os desenho de Manuel García compensam. Ele tem um traço realista e funcional em todo tipo de cena. O destaque está no tratamento que dá às roupas e aos uniformes, não só no design, mas na representação de como ficam no corpo dos personagens.
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