HOMEM-ARANHA # 61
Título: HOMEM-ARANHA # 61 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - O Outro - Peter David (roteiro)
e Mike Wieringo (desenhos);
Homem-Aranha - Marvel Knights - Peter David (roteiro) e Pat Lee
(desenhos);
O Espetacular Homem-Aranha - Peter David (roteiro) e Mike Deodato
(desenhos);
Pulse - Brian Michael Bendis (roteiro) e Michael Gaydos (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - O Outro - Procurando desesperadamente
por uma cura, o Homem-Aranha pede ajuda às maiores mentes do Universo
Marvel, das ruas de Nova York às vastidões da África. E, com o herói
à beira da morte, Morlun ataca.
Pulse - Uma aflita Jessica Jones entra em trabalho de parto! Como
Luke Cage e os Vingadores poderão ajudar? E o mistério do Demolição continua.
Positivo/Negativo: O Outro tem se revelado uma boa surpresa.
Até agora, cada ato, composto por três partes, foi escrito por um roteirista.
Nesta edição o roteiro é de Reginald Hudlin.
Ele trabalha a trama num ritmo bem mais lento do que o adotado por Peter
David na edição
passada e praticamente cortou as piadas e o tom de humor comum ao
personagem. E acertou em cheio.
Enquanto David resgatou o lado mais clássico do herói, com seu bom humor,
apesar de tudo de ruim que acontece em sua vida, Hudlin buscou a veia
romântica, saudosista e emocional do Aranha.
As duas primeiras partes são bem paradas e, mesmo com algumas coisas meio
forçadas, como a Tia May e Mary Jane em armaduras antigas do Homem de
Ferro, estão interessantes e criam um ótimo clima.
A ação retorna com a luta contra Morlun. Novamente se destaca uma das
tantas características que marcam o herói: seu desejo de viver e a força
que encontra para lutar, mais do que qualquer um acharia possível.
O final é chocante, apesar de qualquer um saber que a Marvel não
mataria sua "galinha dos ovos de ouro" e que até o final da saga Peter
terá vencido tanto Morlun quanto a doença que os especialistas dão como
incurável. Ainda assim, a narrativa empolga o leitor.
Na arte, continuam os problemas da edição anterior. Os três desenhistas
têm estilos tão dispares, que a mudança chega a causar estranhamento.
Além disso, houve uma má estratégia editorial. Mesmo Deodato dando muito
impacto para o final, como Pat Lee (o mais fraco deles) se sai melhor
em histórias de ritmo intenso, teria sido melhor que ele fizesse a última
parte. A segunda ficaria com o brasileiro, pois seu desenho fotográfico
se adapta às cenas que exigem mais emoções do que ações.
A revista fecha com chave de ouro com Pulse. Além da arte fantástica
de Michael Gaydos, com seu estilo forte e suas cores bem colocadas, Bendis
está contando uma história que tem todo o ritmo de tramas como Demolidor
e Alias, que o deixaram famoso.
Ao mesmo tempo em que o leitor acompanha ansioso o parto de Jessica e
tudo que acontece à sua volta, como a vinda dos Vingadores para levá-la
até o melhor médico da cidade (o Dr. Estranho), há uma trama paralela
que certamente se amarrará na principal em algum momento.
Novamente Bendis resgata um personagem obscuro - o Demolição - que, apesar
de sem-teto, já foi um dos Vingadores e o coloca numa trama interessante,
ao lado de Ben Urich, que acredita que todas as histórias merecem ser
contadas.
É difícil saber para onde isso vai, mas pode-se esperar um ótimo final
e uma história que com certeza arrematará mais um punhado de fãs para
o roteirista.
Sobre a revista, vale registrar que a mudança no visual da última página,
com o expediente e os lançamentos do mês ficou muito boa. Contudo, novamente
não há seção de cartas. Em Homem-Aranha # 60, ela foi substituída
por um editorial de Fernando Lopes sobre a troca de editores. Nesta, simplesmente
foi suprimida; e não por falta de espaço, pois há três páginas com propagandas
de outros títulos da editora.
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