HOMEM-ARANHA # 62
Título: HOMEM-ARANHA # 62 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
Homem-Aranha - Marvel Knights - Peter David (roteiro) e Pat Lee (desenhos);
O Espetacular Homem-Aranha - Peter David (roteiro) e Mike Deodato (desenhos);
Pulse - Brian Michael Bendis (roteiro) e Michael Gaydos (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Fevereiro de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - O Outro - Terceiro Ato - O que ninguém esperava aconteceu: o Homem-Aranha foi derrotado por um de seus piores inimigos. Quando estava à beira da morte, para salvar sua amada Mary Jane, teve forças para um último ataque contra Morlun, mas isso foi demais para o corpo de Peter e ele morreu.
Em meio ao luto, algo muito estranho está acontecendo com o corpo de Parker, que finalmente descobrirá o Outro que existe dentro dele.
Pulse - Depois de muito sufoco, finalmente nasce o bebê de Jessica Jones e Luke Cage! Enquanto isso, Ben Urich vai atrás do Demolição e encontra o herói em um estado mental lastimável.
Positivo/Negativo: Com certeza, haverá grandes conseqüências na conclusão de O Outro. Contudo, dificilmente o último ato será muito melhor do que este. Ao contrário do que acontece com a maioria das séries, em que o meio da trama costuma ser vazio, só servindo para criar um suspense para um final mirabolante, esta edição traz um momento apoteótico.
E a história tinha tudo para ser um grande fiasco! A morte de um personagem tão clássico do Universo Marvel e sua óbvia e imediata ressurreição é a cara daquelas revistas feitas para ter um grande impacto comercial, mas, no final, são apenas uma história ruim com um momento "chocante".
Quem garante a qualidade é J.M. Straczynski. Aliás, nada mais justo que fosse ele o autor dessa parte da série, uma vez que está intimamente ligado à história que desenvolveu quando assumiu o título e foi quem formulou a idéia de os poderes de Peter terem um fundo místico. Não teria sido um simples acaso a aranha picá-lo; o aracnídeo teria querido passar os poderes para o jovem, escolhendo-o por diversos motivos.
Além de fazer um interessante jogo de idéias no momento em que Peter e a "Aranha" discutem sobre a possível ressurreição e sobre ele ser um homem vestido de aranha ou uma aranha vestida de homem, Straczynski soube dar o clima e o ritmo certo para cada momento.
Os destaques são a luta final com Morlun no hospital e o final da edição, quando Peter vai até a "casca" de seu corpo para pegar sua aliança de volta. Vale também acompanhar os planos de contingência que Tony Stark tem preparados para proteger a identidade de um herói que morra em combate.
Na arte há um grande desequilíbrio. Mike Wieringo e Mike Deodato fazem, cada um em seu estilo, um trabalho excelente. As histórias têm um visual legal e as cenas passam a intensidade certa.
Contudo, ao chegar no meio da revista e se deparar com Pat Lee, o leitor fica até desanimado. Além de seu traço pouco expressivo, ele faz distorções horríveis, principalmente com o pescoço dos personagens, que aparentam ter dois palmos de comprimento e permitem que a cabeça gire mais do que a de uma coruja.
Mesmo que você não goste de Homem-Aranha - O Outro, vale a pena comprar a revista pela história de Pulse. Algumas pessoas acham que Bendis estava ficando repetitivo e que suas HQs não tinham mais o mesmo estilo. Pode até ser verdade, mas nesta série tudo continua como sempre, com uma trama divertida e muito inteligente.
Primeiro há a impagável cena com Jéssica durante o trabalho de parto, ligando para J.J. Jameson para xingar o cara de tudo quanto é nome. Em contraponto, acontece uma história que chega a ser triste, mostrando Demolição com sérios problemas mentais e acreditando que está reunindo as Jóias do Infinito. O melhor dessa parte são os recordatórios de Ben Urich e a forma como ele reflete sobre a história de Dennis Dunphy.
E tudo isso contado com a excelente arte de Michael Gaydos, que tem um estilo sob medida para esse tipo de revista.
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