HOMEM-ARANHA # 63
Título: HOMEM-ARANHA # 63 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - Peter David (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
Homem-Aranha - Marvel Knights - Reginald Hudlin (roteiro) e Pat Lee (desenhos);
O Espetacular Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike Deodato (desenhos);
Pulse - Brian Michael Bendis (roteiro) e Michael Gaydos (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: Homem-Aranha - O Outro - Um novo Homem-Aranha renasceu com novos poderes. Mas o que veio junto com ele?
Pulse - Descubra como foi o primeiro encontro entre Jessica Jones e Luke Cage.
Positivo/Negativo: Tudo que O Outro teve de legal até agora ficou faltando nesta edição. Com o retorno dos três escritores assinando a última parte da série, cada um em sua revista, a trama anda, anda e não sai do lugar.
Este último ato é repetitivo e seria sem graça não fosse o clássico humor do Homem-Aranha, que está bem marcado. Obviamente, não espere saber o que exatamente é "O Outro", pois isso deve ser revelado em alguma outra saga posterior.
A única parte que realmente se salva é a escrita por Straczynski, com o resgate da menina nos escombros, apresentando os novos poderes do Aranha, e a hilária participação do alfaiate Leo.
Sobre os tais novos poderes, eles deixam os roteiristas numa situação bem cômoda: sempre que precisarem criar um desafio impossível para o herói, basta buscar uma espécie obscura de aranha que tenha uma habilidade extraordinária e o personagem poderá usar esse novo dom a qualquer momento.
É a típica apelação. Daqui a pouco, ninguém sabe os níveis de força, ou mesmo as limitações do personagem, pois, se no meio de alguma floresta existir uma aranha que mude de cor, o herói poderá fazer isso.
No meio de toda essa trama um novo detalhe interessante foi inserido: a volta de Flash Thompson como professor de Educação Física na escola onde Peter trabalhava. Mas vale esperar pra ver, pois, aparentemente, Flash retornou sem memórias recentes.
A arte das histórias continua muito boa, sempre com a exceção do péssimo Pat Lee, que provavelmente nunca observou o tamanho real de um pescoço humano - talvez pense que está desenhando a história do incrível Homem-Girafa!
Ainda assim, vale uma ressalva: a mudança do arte-finalista e do colorista deu uma boa encorpada no seu desenho. O traço continua com suas distorções absurdas, mas está bem acabado e com tons que combinam, o que ameniza um pouco.
Pulse é a salvação da edição. A arte de Michael Gaydos, como sempre, dá um visual bem diferente à revista, funcionando, inclusive, no mix da edição nacional para separar claramente a história do restante.
O interessante em Jessica Jones é que ela é uma personagem nova, criada por Bendis e que só foi trabalhada por ele. Então, não há limites para as origens dela e, sempre que quiser, o autor pode surpreender os leitores com uma excelente trama, como a desta edição, em que narra o primeiro encontro da ex-heroína com Luke Cage.
Merece destaque a observação de Cage sobre o herói ter que ficar e ajudar os policiais a preencherem o relatório, pois, caso contrário, fica-se numa situação similar à do Homem-Aranha, odiado pela polícia e com os vilões retornando toda semana porque não são presos corretamente.
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