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HOMEM-ARANHA # 66

1 dezembro 2007


Título: HOMEM-ARANHA # 66 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - Peter David (roteiro) e Roger Cruz (desenhos);

O Sensacional Homem-Aranha - Roberto Aguirre-Sacasa (roteiro) e Angel Medina (desenhos);

O Espetacular Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Tyler Kirkham (desenhos);

Mulher-Aranha - Origem - Brian Michael Bendis, Brian Red (roteiro) e Jonathan Luna (Arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2007

Sinopse: O Sensacional Homem-Aranha - Enquanto os super-humanos ligados a animais enlouquecem pela cidade, Peter recorre à ajuda do Quarteto Fantástico para salvar o filho de Connors.

Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - El Dorado vem tomar a vida e a máscara de El Muerto e caberá a Peter ser o ponto de equilíbrio nessa luta-livre mística.

Mulher-Aranha - Origem - Jessica descobre que a Hidra mentiu para ela e tenta fugir do mundo da espionagem. Quando percebe que nunca estará segura, a heroína ouve uma proposta de Nick Fury;

O Espetacular Homem-Aranha - A batalha com o Homem de Titânio dá argumentos para Tony Stark lutar contra a lei de registro de super-heróis, mas no mundo da política há muita coisa que o ingênuo Peter Parker ainda não entende.

Positivo/Negativo: O Sensacional Homem-Aranha abre a revista com uma história ágil, com muita ação e um desenho apropriado para isso. Angel Medina continua puxando vários elementos dos desenhos que McFarlane fazia para o Aranha e, apesar de ser um estilo que lembra muito a década de 1990, ainda funciona.

O grande problema é que toda essa ação mascara o fato de que o roteiro não deu um passo para frente. Assim, nada é revelado. Aliás, a presença da Madame Teia na última página mostra que só a próxima edição trará algumas explicações.

Em Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança é nítida a proposta de Peter David de resgatar elementos clássicos do personagem. Ele faz toda uma discussão inicial sobre magia e ciência para, no decorrer da trama, usar o lado cientista do herói que, no meio da luta, pára, faz umas misturas químicas e resolve uma situação sem o uso da força.

Ao lerem esta HQ, os fãs antigos do herói lembrarão facilmente de diversas situações em que o lado cientista de Peter o salvou - caso, por exemplo, da primeira luta do Aranha com o Homem-Hídrico, na qual ele tem cria uma substância que, adicionada à sua teia, imobiliza o vilão.

O que ajuda bastante é a interessante proposta de resgate do "verdadeiro" Homem-Aranha, o que implica no retorno das aventuras divertidas, despretensiosas e com situações que só acontecem com Peter, como se envolver uma luta-livre mística que dura gerações.

Vale dizer que o desenho de Roger Cruz está na medida para a proposta. É um traço ágil, bem executado e com alguns elementos clássicos.

Elogios à parte, é necessário citar que a história ia muito bem até a última página, em que a Tia May vê seu amado e falecido esposo, o que deixa aquele suspense para a próxima edição. Esse também é um resgate de elementos antigos, mas, nesse caso, é um retorno a um recurso narrativo furado, sem graça, que sempre tende a conduzir a péssimas justificativas.

Mulher-Aranha - Origem começou a perder um pouco a linha e a originalidade. Quem acompanhou o seriado televisivo Alias (que não tem nada a ver com a excelente série em quadrinhos homônima) e gostou da abordagem feita ao mundo da espionagem, certamente apreciará esta história.

No seriado, a protagonista sempre achou que trabalhava para um braço secreto da CIA, até descobrir que atuava contra a agência governamental. A partir daí, diversas facetas ocultas do seu passado começam a se revelar; e ela é forçada a agir como agente dupla.

É exatamente o que está ocorrendo aqui. O ponto fraco dessas tramas é que elas começam a se prender demais em revelações "bombásticas" que ou são óbvias ou forçadas, como: "Suas missões não eram o que você pensava"; "Seus pais sempre estiveram vivos"; "Seu namorado estava fingindo que gostava de você".

O Espetacular Homem-Aranha fecha a edição com uma história essencial para o megaevento Guerra Civil. O problema de uma aventura ligada a um acontecimento maior é que, por mais divertida que seja, ela só será compreendida totalmente pelos leitores que acompanham todas as revistas.

Classificação:

4,0

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