HOMEM-ARANHA # 68
Título: HOMEM-ARANHA # 68 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - Peter David (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
O Sensacional Homem-Aranha - Roberto Aguirre-Sacasa (roteiro) e Angel Medina (desenhos);
O Espetacular Homem-Aranha - J. Michael Straczynski (roteiro) e Ron Garney (desenhos);
Mulher-Aranha - Origem - Brian Michael Bendis, Brian Red (roteiro) e Jonathan Luna (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: O Sensacional Homem-Aranha - Peter descobre a origem do fenômeno que está perturbando todos os animais da cidade, mas, para impedir que Nova York regrida para uma selva, ele precisará vencer Stegron.
Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - Em 2211, a filha do Homem-Aranha está decidida a alterar o passado e salvar o mundo, mas seu pai não vai permitir isso. Infelizmente, um acidente acontece e ela enlouquece, se tornando a Duende Macabra.
Mulher-Aranha - Origem - Jessica reencontra seu pai, mas descobre que ele não é a pessoa que ela gostaria. O homem é um agente convicto da Hidra, que se importa mais com suas experiências do que com a família.
O Espetacular Homem-Aranha - O segredo foi revelado, todos sabem quem é na verdade o homem por trás da máscara de Aranha. Agora, Peter e sua família terão que viver com as conseqüências disso.
Positivo/Negativo: Há histórias que o leitor acompanha com gosto, sempre observando isso ou aquilo de interessante, mas, ao chegar ao final, tem uma decepção. É o caso deste arco de O Sensacional Homem-Aranha.
O desfecho tem diversos problemas. Começa com as longas explicações sobre o que está realmente acontecendo. Depois, mostra um final clichê de que uma pedra estava causando tudo e bastava guardá-la que os problemas se acabavam. Para completar, até o desenho de Angel Medina teve uma queda na qualidade.
Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança desandou de vez. É difícil imaginar aonde Peter David quer chegar com essa história de realidades alternativas e futuros catastróficos. A origem da Duende Macabra e a versão 2211 do Homem-Aranha também são bem estranhas, tanto conceitual quanto visualmente.
Mulher-Aranha - Origem acabou tarde. As edições foram o suficiente para deixar o desenho dos Luna Brothers enjoativo e para transformar uma personagem carismática em uma heroína problemática.
No fim, Bendis conseguiu realizar seus planos de mexer com a Mulher-Aranha e aproximá-la do conceito de mulher traumatizada, como o de Alias.
Para quem não sabe, os planos iniciais do autor eram que a série Alias fosse protagonizada por Jessica Drew, mas, sem o aval da Marvel, ele recorreu à criação de Jessica Jones, algo que, felizmente, resultou num produto melhor do que a encomenda, acrescentando mais uma personagem cativante e interessante ao Universo Marvel.
Como o restante da revista, O Espetacular Homem-Aranha fica aquém do esperado. O tradicional azar de Peter Parker fala mais alto e, de cara, a revelação de sua identidade causa uma série interminável de problemas.
É uma pena que um desses problemas caia em uma mera cópia da idéia da animação Os Incríveis, porque a primeira das conseqüências é, justamente, o herói ser processado e, mais para frente, receber nova ameaça de processo.
Para não dizer que nada se salva, vale observar os coadjuvantes da história. A forma como o Homem de Ferro está trabalhando e o conflito que estão vivendo Sue e Reed Richards. É claro que esses elementos só têm graça se o leitor estiver acompanhando também a Guerra Civil.
A Panini continua pecando na revisão, deixando escapar alguns acentos e comendo letras, como "demorou" na página 43 que foi grafado "demoro", dando uma "cara" de gíria bem no meio de uma fala de uma personagem com alta formação científica e acadêmica.
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