HOMEM-ARANHA # 70
Título: HOMEM-ARANHA # 70 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - Peter David (roteiro) e Todd Nauck (desenhos);
O Sensacional Homem-Aranha - Roberto Aguirre-Sacasa (roteiro) e Angel Medina (desenhos);
O Espetacular Homem-Aranha - J. Michael Strackzynski (roteiro) e Ron Garney (desenhos);
Homem-Aranha e Quarteto Fantástico - Jeff Parker (roteiro) e Mike Wieringo (Arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: O Sensacional Homem-Aranha - Um grupo de vilões de segunda linha do Homem-Aranha se reúne para um grande vingança contra o herói.
Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança - O novo Mystério aproveita a revelação da identidade de Peter para atacá-lo na escola, mas algo mais está acontecendo que nem o próprio vilão sabe.
Homem-Aranha e Quarteto Fantástico - O Homem-Impossível avisa o Aranha sobre uma invasão alienígena e quando Peter vê que aquilo é demais para ele cuidar, precisa pedir ajuda ao Quarteto Fantástico.
O Espetacular Homem-Aranha - Tony Stark leva Peter ao laboratório de Reed e mostra a superprisão na Zona Negativa onde os heróis não-registrados ficarão permanentemente. Isso faz o alter ego do Aranha pensar se ele está do lado certo nesta Guerra.
Positivo/Negativo: Quando um personagem tem tantos títulos como o Aranha, às vezes surgem situações cronologicamente complicadas, principalmente quando ele está num momento tão decisivo em sua carreira. Felizmente, as três revistas americanas mensais do herói estão seguindo mais ou menos o mesmo tom. A única discrepância ficou com a minissérie Homem-Aranha e Quarteto Fantástico.
A Panini optou por publicar a história, praticamente um ano à frente de todos os demais títulos publicados pela editora, como uma homenagem ao excelente desenhista Mike Wieringo, falecido recentemente. A editora teve até o cuidado de colocar um breve texto sobre a carreira do artista, só faltou contextualizar a trama.
Por conta disso, várias questões podem ser levantadas: a história se passa fora da cronologia? É antes ou depois da Guerra Civil? Se é depois, quer dizer que o Aranha volta ao uniforme tradicional?
Se o leitor optar por ignorar a cronologia e só aproveitar a história, algo que, no geral, é proveitoso, tem uma aventura mediana, interessante, que resgata um coadjuvante do Quarteto Fantástico que realmente tem a cara do Homem-Aranha: o Homem-Impossível.
O desenho arredondado e bem feito de Wieringo ajuda a fluir bem a narrativa.
Duas das outras histórias da revista trazem as implicações imediatas e mais do que esperadas da revelação da identidade de Peter Parker: o ataque de supervilões a ele e à sua família.
Em O Sensacional Homem-Aranha, um grupo de inimigos de segunda ataca o herói e, no meio de toda a confusão, Peter sente que é o momento para parar e pedir um conselho para a Madame Teia, mais misteriosa do que nunca.
O desenho da edição é de Angel Medina, que faz um traço bem definido e cheio de hachuras, lembrando bastante o trabalho de McFarlane no título do Aranha.
Já em Homem-Aranha - Amigão da Vizinhança, Peter David aproveita para definir como vai ficar o lado professor de Parker agora que todos sabem que ele é um herói.
Obviamente, o último dia na escola de Parker não poderia ser calmo e ele enfrenta Flash Thompson, que estava atormentando-o novamente, e ainda terá que deter o novo Mystério. O problema é que parece que há alguém por trás de tudo, aparentemente o verdadeiro Mystério, e isso implicará em diversas explicações para a ressurreição do cara.
A última história, escrita por Strackzynski, é a mais ligada diretamente à Guerra Civil, pois retrata o momento em que Peter Parker decide mudar de lado. É uma edição bem bacana, que tem um diálogo bem interessante com Reed Richards e mostra com detalhes a nova superprisão tão falada em vários títulos.
Não dá para dizer o que vem depois de tudo isso, mas, cada vez mais, fica claro que Richards está com algum problema que não está revelando, pois mesmo suas motivações para ficar ao lado de Tony, independentemente do que sua família pensa, são contraditórias.
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