HOMEM-ARANHA # 98
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Assassinato de um personagem - Parte 1 - Marc Guggenheim (roteiro), John Romita Jr. (desenhos), Klaus Janson (arte-final) e Dean White (cores);
Assassinato de um personagem - Parte 2 - Marc Guggenheim (roteiro), John Romita Jr. (desenhos), Klaus Janson (arte-final) e Dean White (cores);
O aniversariante - Zeb Wells (roteiro) e Paolo Rivera (desenhos e cores);
Vizinhança perigosa - Stuart Moore (roteiro), Clayton Henry (desenhos), Mark Morales (arte-final) e Sotocolor (cores);
Branco & preto - Dan Slot (roteiro), Chris Bachalo (desenhos, arte-final e cores), Tim Towsend, Jon Sibal e Jamie Mendoza (arte-final) e Antonio Fabela (cores).
Preço: R$ 7,95
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Fevereiro de 2010
Sinopse
Assassinato de um personagem - Parte 1 - Surge a primeira pista sobre o verdadeiro Assassino do Rastreador-Aranha.
Assassinato de um personagem - Parte 2 - A identidade secreta do vilão Ameaça é revelada.
O aniversariante - Homem-Aranha comemora o aniversário de Wolverine em um bar. O resultado só poderia ser um: muita pancadaria.
Vizinhança perigosa - Sonho ou realidade? O escalador de paredes é convocado por uma inusitada aliança galáctica de Homens-Aranhas para salvar o Universo.
Branco e preto - O Antivenom descobre o terrível segredo de Martin Li.
Positivo/Negativo
A mudança radical na vida do Homem-Aranha, perpetrada pelo demônio Mefisto - a mando do editor-chefe da Marvel Comics, Joe Quesada -, pode ter causado a (justificável) ira dos fãs do personagem. Mas, diante das boas histórias que o escalador de paredes vem protagonizando, muitos andam fazendo vistas grossas.
Esta edição, no entanto, ainda não traz o fino da boa fase atual do Homem-Aranha, que nos Estados Unidos tem sido aplaudida pelos fãs.
Ainda assim, os dois capítulos do arco Assassinato de um personagem são um belo aperitivo do que o leitor pode esperar a partir da próxima edição, quando a revista engata uma sequência de tirar o fôlego.
A descoberta sobre o policial Vin Gonzales forjar os "assassinatos do rastreador-aranha" para incriminar o herói, além da revelação da identidade do vilão Ameaça - que na verdade é Lily, namorada de Harry Osborn -, numa trama que eleva o nível de suspense de forma gradativa até o perfeito clímax, são o ponto alto da trama.
O roteiro de Guggenheim faz o leitor esquecer o quanto os desenhos de John Romita Jr. suscitam debates sobre a qualidade do artista, pois não há tempo para isso. O que importa é chegar logo ao fim para descobrir o que a chamada de capa anunciou.
Na sequência, a descompromissada O aniversariante reúne humor, nostalgia e, claro, um pouco de pancadaria para espantar o marasmo.
Isso acontece quando Homem-Aranha e Wolverine estão juntos em um bar e somente o mutante enche a cara (alternando embriaguez e sobriedade instantânea, graças ao fator de cura), provocando brigas contra humanos comuns, numa forma um tanto excêntrica de comemorar o próprio aniversário.
No desfecho da aventura, aquele que é o melhor naquilo que faz revela um comovente respeito pelo caráter do Amigão da Vizinhança.
Homem-Aranha # 98 poderia ter parado aí. Mas ainda tem a desnecessária Vizinhança perigosa, brincadeira sem graça que mostra uma espécie de Tropa dos Lanternas Verdes formada por Homens-Aranhas de diversas partes do Universo.
O artifício de deixar no ar a possibilidade de que tudo pode não ter sido um sonho, ao revelar no último quadro um artefato que não deveria ser real, só piora as coisas.
E Branco & preto continua a trajetória do Antivenom, uma das últimas invenções da Marvel.
Nem os desenhos instigantes de Chris Bachalo diminuem a sensação de "mais do mesmo" do novamente ex-vilão Eddie Brock e seus conflitos internos, às voltas com outra tentativa de virar herói.
O final, no qual Brock, na pele do Antivenom, volta a questionar sua própria fé religiosa ao descobrir que o gentil filantropo Martin Li não é o santo por todos imaginado, deixa claro que não deve ser desta vez que ele se tornará um dos mocinhos.
Classificação: