HOMEM DE FERRO - EXTREMIS # 2
Título: HOMEM DE FERRO - EXTREMIS # 2 (Panini
Comics) - Minissérie em três edições mensais
Autores: Warren Ellis (roteiro) e Adi Granov (arte).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: A mais mortal arma já concebida pelo homem está agora nas mãos - e no corpo inteiro - de um terrorista disposto a tudo para atingir seu objetivo. E não há nada nem ninguém em seu caminho... exceto o invencível Homem de Ferro.
Mas nem mesmo a criação suprema de Tony Stark pode estar à altura do desafio, forçando-o a arriscar a própria vida em nome do futuro.
Positivo/Negativo: A primeira parte da história se concentrou no quebra entre o Homem de Ferro e o novo supervilão que usou a fórmula roubada do Extremis. Bem, quase não houve luta, já que Stark quase não tem chance e é derrotado em uma demonstração de poder bem violenta.
Isso, na verdade, acaba sendo apenas o pretexto para a segunda parte da história que tem a verdadeira discussão da revista: a criação de um novo Homem de Ferro.
O grande problema é que, acostumado com o personagem que encontrava nas revistas até algumas edições, o leitor estranha certas mudanças. O personagem foi realmente reiniciado.
As modificações mostradas na edição passada se consolidam aqui e novas alterações surgem. A impressão é de que Ellis pegou a base do personagem e falou: "Até aqui é real; a partir deste ponto, os roteiristas exageraram para facilitar sua vida".
Então, o grande trabalho do leitor passa ser entender o que é ou não válido.
Assim, descobre-se que ninguém nem suspeita que Tony e o Homem de Ferro são a mesma pessoa. Ou seja, toda a fase com a identidade secreta revelada foi descartada. Além disso, agora a armadura desmontável que cabe em uma maleta e se junta sozinha para uma transformação instantânea ainda é apenas um protótipo.
Com isso, Tony Stark é obrigado a levar um enorme caixote de um lado para outro quando precisa se transformar. Outro detalhe é que, mesmo de armadura, o empresário se fere. Até mais do que se imagina, mas resiste porque recebe um fornecimento contínuo de drogas que tentam neutralizar a dor.
Aliás, é essa possibilidade do herói se ferir que garante a nova transformação do personagem. É difícil imaginar como ele ficará a partir da próxima edição, mas, com um soro capaz de lhe dar superpoderes em suas veias, parece que o Stark será mais do que um cientista dentro de um brinquedo muito caro.
Esta edição teve mais seqüências de ação, o que leva à discussão sobre o movimento no desenho de Granov. O artista usa alguns efeitos visuais típicos de videogames, suas cenas têm um realismo excelente, principalmente a armadura do herói. Contudo, o leitor ainda tem impressão de que está olhando para um seqüência de fotos.
Falta para Granov aqueles elementos que ligam uma cena à outra, que conduzem o leitor em uma narrativa visual que dá movimento às imagens estáticas. Ainda assim, não se pode negar que cada cena é um espetáculo à parte e que suas ilustrações são belíssimas.
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