HULK CONTRA O MUNDO # 2
Autores: Greg Pak (roteiro) e John Romita Jr. (desenhos).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Junho de 2008
Sinopse: Hulk está de volta para se vingar daquele que o exilaram da Terra e depois causaram a explosão de Sakaar. A primeira parada é a Lua, onde ele enfrenta Raio Negro.
Em seguida, Hulk e o Pacto de Guerra chegam à Terra. E o Gigante Esmeralda dá o seu ultimato: Tony Stark, Reed Richards e Dr. Estranho têm 24 horas para se entregar ou ele esmagará o planeta.
Positivo/Negativo: As primeiras 20 páginas de Hulk contra o mundo # 2 são exatamente aquilo que se poderia esperar da minissérie. Depois de um resumo bem rápido do ocorrido, há uma página dupla do Hulk em seu traje de Guerra em cima da nave esmurrando meteoros, no melhor estilo de Romita Jr.
O que vem a seguir não poderia ser uma abertura melhor: o breve, mas intenso, confronto entre Hulk e Raio Negro. O enredo é meio óbvio: Medusa diz que a voz de seu marido pode pulverizar o Gigante Esmeralda. O Hulk parte para cima mesmo assim. Raio Negro diz "chega" atingindo violentamente o oponente. E quando o combate parece terminado, o Hulk volta dizendo: "Não vim aqui por um sussurro".
É óbvio, mas ótimo. É violento, é intenso, é o Hulk esmagando alguém superpoderoso que o sacaneou. Chega a ser curioso como esse tipo de coisa ainda funciona. Talvez o segredo esteja nas mãos de um desenhista habilidoso o suficiente para intensificar a cena e fazer os efeitos especiais na medida.
Depois disso, o Hulk vai à Terra, mostra para o planeta inteiro o que lhe fizeram, o "trato" que ele deu em Raio Negro e pede que Stark, Strange e Richards se entreguem em 24 horas.
Nesse ponto, a trama descamba. Como todo mundo já estava de cara virada para o Homem de Ferro e o Sr. Fantástico, a reação natural quando soubessem que eles exilaram o Hulk em outro planeta seria ficar mais bravos ainda. Mas não. Todos os heróis, até os rebeldes e a Mulher-Hulk, se unem sob a liderança do alter ego de Tony Stark para defender o planeta.
É algo totalmente sem sentido. Primeiro, o Hulk não ameaçou o mundo todo - só queria os sujeitos que o exilaram, aqueles que todos os heróis sabem que têm agido de forma bem duvidosa ultimamente.
Segundo, o Hulk tem razão de estar furioso, mas ninguém tentou falar com ele. Apesar de seu enorme poder, em outras vezes, quando estava bem menos racional, sempre os heróis tentaram o diálogo antes de montar um exercito de defesa e partir para a pancadaria. Na verdade, eles conversam com todo vilão antes de brigar, por que o Hulk, um herói, não tem esse "privilégio"?
Mas a pior parte é a participação da Mulher-Hulk. Quem lê o título mensal da personagem ou viu a edição anterior desta minissérie, sabe que ela está sem seus poderes porque Tony Stark testou nela uma nova arma anti-Hulk, que aparentemente funciona.
Assim, ela não apenas tinha sido revertida à forma de Jen Walters, mas estava enfurecida com Stark. Então, sem explicação alguma, sem nota alguma do editor original ou nacional, a personagem aparece com poderes e ajudando o Homem de Ferro contra o próprio primo.
Fica difícil esquecer isso e assistir à pancadaria entre a nova versão da armadura extra-reforçada do Homem de Ferro contra o Hulk.
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