Título: INU-YASHA # 22 (Editora JBC) - Revista mensal

Autores: Rumiko Takahashi (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 4,50

Número de Páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2004

Sinopse: Enquanto Mirok continua indefeso por causa do ferimento em sua mão direita, Narak aproveita para tentar eliminá-lo. Mas o vilão não contava com o aparecimento de Inu-Yasha e seus amigos, que lutam para salvar o monge.

Antes disso, porém, eles precisem libertar o mestre de Mirok, que está sob o controle de outro demônio.

Tudo se resolve com a ajuda da poderosa espada mística de Inu-Yasha, conhecida como Tessaiga. Entretanto, o perverso youkai não desiste, e bota outro plano diabólico em ação.

Dessa vez, Narak pretende fazer Sango trair seus companheiros, em troca da vida do irmão caçula dela. O acordo é simples: ela só precisa colocar a Tessaiga nas mãos dele.

Positivo/Negativo: Graças à experiência obtida com suas comédias, Rumiko Takahashi consegue ditar um ritmo frenético para cenas de ação. Isso faz com que as 96 páginas de Inu-Yasha passem voando, o leitor nem percebe que acabou a revista.

Outro ponto positivo é que a autora não estica os combates, evitando assim o chamado efeito Dragon Ball Z (que fazia as lutas de Goku durarem várias edições). Aqui, a pancadaria rola somente o necessário, sobrando espaço para explorar o relacionamento entre os personagens.

Melhor ainda é acompanhar a evolução dos heróis, que ficam mais fortes e unidos a cada batalha. E tudo acontece quase naturalmente, sem amuletos mágicos, treinamentos mirabolantes e outros clichês do tipo. Assim, quando o leitor testemunha Inu-Yasha destruir uma centena de youkais simultaneamente, a cena não parece forçada.

Infelizmente, o mangá apresenta algumas muletas narrativas que Rumiko teima em reutilizar. Por exemplo, os fragmentos da Jóia de Quatro Almas que Narak distribui como se fossem doces. Se todos os pedaços que ele já usou fossem reunidos, mais de uma jóia poderia ser formada.

São detalhes repetitivos como este que fazem as histórias dela perderem força com o passar do tempo. Isso é sintomático no caso de Ranma 1/2, que se arrastou durante 38 volumes no Japão. A esperança é que Inu-Yasha rompa com essa tradição e se encerre no momento certo.