Autores: Invasão Secreta (originalmente em Secret Invasion # 6) - Brian Michael Bendis (roteiro), Leinil Francis Yu (desenhos), Mark Morales (arte-final) e Laura Martin, Emily Warren e Christina Strain (cores);

Invasão Secreta - Linha de Frente Capítulo Três: Fuga (originalmente em Secret Invasion: Frontline # 3) - Brian Reed (roteiro), Marco Castiello (desenhos) e Barbara Ciardo (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Julho de 2009

Sinopse: Invasão Secreta - Resgatados por Reed Richards e pela agente Abigail Brand, da ESPADA, os Vingadores deixam a Terra Selvagem e chegam a Nova York, onde ganham o reforço de Thor e do novo Capitão América.

Ao lado do Comando Selvagem de Nick Fury e dos Thunderbolts de Norman Osborn, eles agora estão prestes a enfrentar os superskrulls.

Invasão Secreta - Linha de Frente Capítulo Três: Fuga - Ben Urich e outros sobreviventes tentam, de todas as maneiras, encontrar uma saída de Manhattan. Mas as ruas estão tomadas pelos skrulls.

Positivo/Negativo: Há sequências de Invasão Secreta # 6 que lembram passagens do filme Independence Day ou do seriado V - A batalha final. Especialmente quando os alienígenas invasores não se mostram tão bonzinhos quanto apregoavam.

Mas se você acha que isso é suficiente para a história decolar, engana-se. Novamente, Bendis embroma, enrola, enche linguiça e pouco revela dos mistérios que cercam a série. Tem um skrull arrependido aqui, cenas dos alienígenas pela Terra ali e uma pancadaria acolá. Mas a trama praticamente não sai do lugar.

Pra se ter uma ideia, a aguardada entrada do Capitão América e do Thor na briga, que fora anunciada no final da quarta edição, só acontece pra valer nas páginas derradeiras deste número.

Além disso, como é cada vez mais corriqueiro nos quadrinhos de super-heróis, há passagens que são compreensíveis apenas para leitores com grande conhecimento da cronologia Marvel, como quando a Mulher-Aranha (que é uma skrull infiltrada) menciona o fato de seus irmãos terem sido transformados em vacas por Reed Richards. Isso aconteceu no segundo número da revista do Quarteto Fantástico, em 1961 (republicado no primeiro volume da série Biblioteca Histórica dedica aos heróis).

Os editores da Panini também poderiam colaborar, colocando uma notinha de rodapé para que leitores mais novos não ficassem "boiando". Mas não o fizeram.

Enfim, Bendis tem mais dois volumes para fazer os heróis darem um pau nos skrulls, mandá-los de volta pro espaço e responder as tantas perguntas que o leitor tem feito desde o início da saga. Ao menos o final deste número (como já aconteceu nos anteriores, vale ressaltar) deixa a expectativa de que "chegou a hora". É esperar para ver.

Na arte, já virou rotina: Leinil Francis Yu trabalha bem a narrativa da trama, com uma diagramação competente das páginas, mas é irritante ver tantos personagens com rostos tão parecidos.

Nesta edição, por incrível que pareça, Linha de Frente é mais interessante que a saga principal. Afinal, os personagens da trama, todos humanos, têm finais realistas para quem dá de cara com alienígenas sanguinários.

Claro que há as típicas demonstrações de heroísmo, mas a história é uma leitura agradável. Especialmente agora que os personagens começam a se esbarrar. E o final "sai da frigideira e cai no fogo" deixa um gancho interessante para a próxima edição.

A arte do italiano Marco Castiello (cujo sobrenome saiu novamente creditado pela Panini como Castelo) merece destaque. Tem uma narrativa fluida e um traço que, em alguns momentos, lembra desenhos animados como Animatrix.

A revista traz ainda a arte de capa da terceira edição de Linha de Frente e uma variante de Leinil Francis Yu para Invasão Secreta # 6.

 

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