INVASÃO SECRETA # 8
Autores: Invasão Secreta (originalmente em Secret Invasion # 8) - Brian Michael Bendis (roteiro), Leinil Francis Yu (desenhos), Mark Morales (arte-final) e Laura Martin (cores);
Invasão Secreta - Linha de Frente Capítulo Cinco: Reinado sombrio (originalmente em Secret Invasion: Frontline # 5) - Brian Reed (roteiro), Marco Castiello (desenhos) e Barbara Ciardo (cores).
Preço: R$ 7,00
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Novembro de 2009
Sinopse: Invasão Secreta - A Vespa foi transformada pelos skrulls numa verdadeira bomba química. Para impedir o pior, medidas drásticas deverão ser tomadas.
E no desfecho do combate entre as forças da Terra e os alienígenas, surge um novo herói, que ganhará um status pra lá de inesperado no Universo Marvel daqui em diante.
Invasão Secreta - Linha de Frente Capítulo Cinco: Reinado sombrio - Como o jornalista Ben Urich analisou o confronto final entre as forças terrestres e os skrulls. E como avalia as reais consequências de tudo o que aconteceu.
Positivo/Negativo: Acabou Invasão Secreta, o principal evento da "Casa das Ideias" publicado no Brasil neste ano. E que final melancólico.
Não que se pudesse esperar algo muito diferente, depois do declínio em que a história entrou da metade pra frente. Mas como se diz que a esperança é a única morre, havia a expectativa de que Bendis amarrasse as dezenas de pontas soltas que deixou ao longo desses oito meses.
Negativo. As soluções são frustrantes. A explicação para como os skrulls conseguiram ludibriar todas as defesas místicas, tecnológicas e psíquicas da Terra, por exemplo, é descrita em um único recordatório, de modo rápido e rasteiro. Lembrando sempre que as oito resenhas de Invasão secreta foram feitas a partir da leitura da série principal, sem acompanhar seus desdobramentos nas revistas mensais, justamente porque muitos leitores fazem o mesmo.
Isso deixa o leitor com aquela sensação de "era só isso, então?".
Além disso, os personagens que haviam sido substituídos por skrulls reaparecem, mas não é dito quando cada um deles foi abduzido. E a morte da Vespa é tratada de forma tão banal, que apenas confirma o quanto o recurso de matar personagens foi ridicularizado pelas próprias editoras de super-heróis.
A pá de cal é o final. Ou melhor, o "não final", já que a história não termina, somente deixa ganchos para os próximos megaeventos da Marvel. Chega a ser irritante.
Contribui para esse fiasco a arte de Leinil Francis Yu. Foi dureza ver, mês a mês, dezenas de personagens com os rostos praticamente idênticos e, especificamente nas últimas edições, a maioria dos planos em close e com pouquíssimos cenários. Se foi por prazos apertados, preguiça ou falta de criatividade, cabe a cada leitor tirar suas próprias conclusões.
Linha de Frente também não tem nada de brilhante, mas ao menos o desfecho é bem amarrado.
Brian Reed, claro, precisava se ater ao desfecho da série principal e situar sua história ao redor dela; e só isso justifica o quão ridícula é a cena da ovação a Norman Osborn, mesmo depois de Ben Urich relembrar a todos os jornalistas presentes alguns fatos de seu passado como Duende Verde.
Na arte, o italiano Marco Castiello mostra-se muito, muito melhor fazendo as pessoas comuns do que nas cenas em que aparecem super-heróis (que estão horríveis).
A revista traz ainda a arte de capa da quinta edição de Linha de Frente e versões alternativas de Invasão secreta # 3 a # 8. E a capa da revista, mais uma vez, não tem nada a ver com a história.
Ao final de Invasão secreta, dá saudades da época em que as sagas de super-heróis tinham começo, meio e fim e não eram meros caça-níqueis dignos de esquecimento.
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