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J. KENDALL - AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 45

1 dezembro 2010

J. KENDALL - AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 45

Editora: Mythos Editora - Revista mensal

Autores: Giancarlo Berardi (roteiro), Laura Zuccheri (arte) - Publicada originalmente em Julia # 45.

Preço: R$ 7,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Agosto de 2008

 

Sinopse

Uma amiga muito querida - Em um dia que começava bastante estranho, Júlia recebe em sua porta Meg Bolan, uma antiga amiga da escola.

A criminóloga acaba por convidar Meg para que passe alguns dias em sua casa até que "tudo se ajeite". Decisão da qual Julia vai se arrepender.

Positivo/Negativo

Esta edição de J. Kendall - As aventuras de uma criminóloga tem um atrativo especial. Giancarlo Berardi assina o roteiro sozinho.

Além do atrativo para os fãs do roteirista italiano, há, como em quase toda edição de J. Kendall, algo bastante peculiar na forma de narrar a história. Desta vez, é o enredo.

A trama desta edição se encaixa numa premissa de comédia: o hóspede indesejado que atrapalha a rotina da casa: Meg Bolan, uma antiga colega de colégio que Júlia não vê há 15 anos e bate a sua porta.

Aos poucos, Júlia vai, ao mesmo tempo, perdendo a paciência com Meg, e descobrindo mais sobre o seu passado. A linha narrativa é centrada na criminóloga, que se desloca principalmente por dois ambientes: sua casa invadida e o consultório de sua analista. E é neste segundo que os problemas de casa ganham mais sentido.

As páginas passam e a história segue a mesma. O leitor começa a se perguntar: "onde está o crime para ser desvendado por Júlia?".

E é aí que Berardi mostra sua multiplicidade de recursos como roteirista de quadrinhos, ao usar um conhecimento prévio do leitor (de que Júlia é uma criminóloga) e não apresentar nenhum crime. A tensão sobe, os suspeitos se acumulam e há a iminência de algo para acontecer.

O que era motivo de riso, começa a ser percebido pelo leitor com mais desconfiança, aumentando a tensão.

Quando algumas situações começam a se aclarar dentro da narrativa, a história aumenta a velocidade, deixando o leitor sem fôlego, Berardi ainda reserva uma reviravolta e um final surpreendente. Não se vê o desfecho antes do último quadrinho da revista.

A arte de Laura Zucheri dá conta perfeitamente de narrar esse excelente roteiro de Berardi. Mais uma história espetacular, guardada dentro de uma revista pequena, em preto e branco, às vezes difícil de encontrar, mas que vale a pena acompanhar, mês após mês.

Classificação:

4,0

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