J. KENDALL – AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 61
Autores: Giancarlo Berardi (argumento e roteiro), Maurizio Mantero (roteiro) e Steve Boraley (arte) - Originalmente em Julia # 60.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Dezembro de 2009
Sinopse:Jogando com a vida - Dois grupos rivais de jovens, os Ravens e os Rotrods, costumam disputar rachas de carro. No entanto, um crime disfarçado de acidente, põe Júlia em contato com essas gangues.
Caberá à criminóloga encontrar o responsável e suas razões para o crime.
Positivo/Negativo: Neste mês, a revista J. Kendall - As aventuras de uma criminóloga completa cinco anos de publicação no Brasil, com uma edição diferente.
Neste número, há muito mais ação e busca de pistas. A sequência final é empolgante e as páginas vão-se rapidamente nas mãos do leitor. Mas a principal diferença está na falta da surpresa.
Começa pelo mote: é mostrado que foi um crime e não um acidente. Há um quadro que se presta a isso logo nas páginas iniciais.
O responsável pelo crime investigado por Júlia pode ser descoberto rapidamente pelo leitor. É evidente que um elemento externo com tanta informação só poderia estar implicado no caso. Os demais suspeitos não levantam poeira suficiente para encobri-lo.
É apresentado também o modo como Júlia e os demais personagens se preparam para se salvarem perto do final. E não há tão tradicional reviravolta que Berardi costuma imprimir às suas narrativas.
Todos esses elementos fazem com que a história tenha menos tensão e suspense, e envolva o leitor pela confirmação das possibilidades que antecipou.
A quantidade de personagens coadjuvantes - necessários pela temática escolhida - podem confundir o leitor com tantos nomes e relacionamentos.
Esta é uma edição em que o roteiro de Berardi e Mantero esteve abaixo de outros que produziram. Mas as sequências com mais movimento e o encadeamento dos quadros continua em alto nível.
A última cena é um prova de que histórias de ação não precisam necessariamente de páginas duplas. O impacto cria-se nos entrequadros.
A arte de Steve Boraley é bastante eficiente e dá conta das diversidades de cenas e tipos de ação. Seu traço é capaz de caracterizar os personagens e é fluido com as expressões.
Mesmo em uma edição abaixo da média no título, J. Kendall continua superior à maioria das HQs nas bancas.
Classificação: