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J. KENDALL – AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 63

1 dezembro 2010

J. KENDALL - AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 63

Editora: Mythos Editora - Revista mensal

Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (roteiro), Ernesto Michelazzo (arte), com colaboração de Laura Zuccheri (arte) - publicada originalmente em Julia # 63.

Preço: R$ 8,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Fevereiro de 2010

 

Sinopse

Venenos - Julia é envolvida na investigação da morte de um homem e na acusação por degradação ambiental contra uma indústria de produtos químicos.

Positivo/Negativo

J. Kendall - As aventuras de uma criminóloga se destaca por sua constância de qualidade. Os meses do calendário passam e cada nova revista é sempre uma satisfação.

Este fumetto da criminóloga com a cara de Audrey Hepburn é tão alto nível, que até quando é ruim, é bom. Como nesta edição.

Quando comparada às demais revistas do mês, a história ainda leva vantagem com folgas sobre boa parte da "concorrência". Quando colocada ao lado das edições anteriores de Júlia é que o leitor sente uma trama um pouco abaixo das demais.

O que incomoda não é necessariamente o tema, mas sim o modo como o enredo se estrutura para poder desenvolvê-lo. A história é sobre crimes ambientais, atacando o descaso com o meio ambiente e a ganância das grandes corporações, capazes de manobras moralmente inadequadas em nome do lucro.

A narrativa começa de modo espetacular. Mas não mantém esse alto nível até o desfecho. Dois garotos caçam rãs em um lago próximo à indústria química em questão. As rãs têm seis patas, por conta de alguma alteração não explicada. O leitor mais atento já percebeu que Giancarlo Berardi costumeiramente orquestra o início das histórias de Júlia com outros personagens e cenários, e conduz a trama até a criminóloga.

Mas, desta vez, a trama é atirada no colo de Júlia de uma forma pouco criativa, numa espécie de Deus Ex Machina. Toda a narrativa parece ter pouco a ver com a criminóloga e, por isso, diversas escolhas soam um tanto forçadas.

A arte mantém seu pressuposto realista, com boa qualidade. A edição da Mythos traz na segunda e terceira capa fotos do estúdio de Berardi e do próprio roteirista, o que é interessante pro leitor.

Já nada interessante é a quantidade de erros da edição. Tem de regência verbal (página 5), de digitação (p. 8, 92 e 102) e a repetição de uma legenda do diário de Júlia (p. 79). Isso chama a atenção, pois a Mythos vinha apresentado um maior cuidado com seu material até então.

De uma edição com problemas e de uma história abaixo da média para seus próprios padrões, o leitor guarda na sua estante uma revista J. Kendall que fica devendo um pouco. Mas, mesmo assim, figura como uma das mais interessantes do mês nas bancas.

Classificação:

4,0

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