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J. KENDALL – AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 72

1 dezembro 2010

J. KENDALL - AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 72

Editora: Mythos Editora - Revista mensal

Autores:

Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (roteiro), Steve Boraley (arte) - Publicado originalmente em Julia # 72.

Preço: R$ 8,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Novembro de 2010

 

Sinopse

A forasteira - Uma família inteira desaparece na pequena cidade de Dynkeltown. Não há suspeitos. Para que o caso não seja fechado sem solução, um agente do FBI que é amigo de Júlia pede sua ajuda.

Positivo/Negativo

Ao chegar à banca, o leitor que procurar por J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga e a encontrar, saberá que um mistério foi resolvido: a revista não foi cancelada pela Mythos.

Diante da segurança de que encontrará as histórias de Júlia todo mês, o leitor pode reafirmar sua outra certeza: a espantosa capacidade narrativa de
Giancarlo Berardi.

Nesta edição, Berardi divide o roteiro com Maurizio Mantero. E eles dão uma verdadeira aula de narrativa. Todo o trabalho feito entre as páginas 5 e 22 é fantástico.

Nesse intervalo é apresentado o crime que direciona toda a trama. Abre-se com um plano geral que apresenta o local e segue-se uma gradual aproximação até que leitor esteja dentro da casa dos personagens. Depois, corte para o plano aberto e transição para o início da narrativa paralela, que mostra a chegada do criminoso.

Não convém uma análise detalhada da cena, mas vale ressaltar as habilidosas transições de tempo e espaço e a narrativa paralela, apresentada com uma diversidade funcional de enquadramentos que gera a tensão e o suspense necessários. Se a revista tivesse só essa abertura já valeria o investimento, mas o nível é mantido lá no topo durante toda a história.

Berardi e Mantero recuperam uma máxima narrativa muito usada em westerns: "forasteiros não são bem-vindos". Júlia vai ter que investigar os habitantes de Dynkeltown, apesar da desconfiança contra ela.

A criminóloga usa as reações dos personagens e seus comportamentos para criar em sua dedução o perfil psicológico de cada um. E é justamente esse procedimento que levará Júlia ao esclarecimento do crime.

Steve Boraley dá conta de desenhar toda essa narrativa e de transmitir emoções e sentimentos, fundamentais pra que Júlia resolva o caso - coisa que todo leitor, antes mesmo de abrir o fumetto, já sabe que vai acontecer. E agora ele também sabe que poderá acompanhar as aventuras da personagem todos os meses.

E poucos quadrinhos valem tanto a pena acompanhar quanto J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga.

Classificação:

4,0

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