J. KENDALL – AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 75
Editora: Mythos) - Revista mensal
Autores:
Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi, Giuseppe De Nardo e Lorenzo Calza (roteiro), Mario Jannì (arte) - Publicado originalmente em Julia # 75.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Fevereiro de 2011
Sinopse
O julgamento de Hipócrates - Um respeitado médico é assassinado em seu consultório e Júlia precisa descobrir quem é o autor do crime.
Positivo/Negativo
Antes de qualquer coisa, é preciso que se afirme: a revista J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga continua fantástica. Isso esclarecido, vamos aos "poréns".
Vários leitores têm encontrado dificuldades para encontrar a revista em bancas de diversas cidades. Isso exige dos fãs da criminóloga, além de convencer mais gente a ler o título, identificar pontos de venda onde encontrar este fumetto. E, depois disso, repassar a informação a possíveis interessados.
É preciso que a Mythos faça um pouco mais do que pedir a dedicação do leitor. É preciso que a revista chegue ao público potencial. Caso a editora não tome alguma providência nesse sentido, não haverá mobilização que dê conta de segurar as vendas.
O outro "porém" se refere a algum estranhamento que o leitor pode sentir nesta edição de J. Kendall. Isso acontece pela opção estrutural de história de Giancarlo Berardi, Giuseppe De Nardo e Lorenzo Calza.
Já na primeira página, a decupagem faz o contrário do usual: em vez de apresentar o ambiente em um panorâmica, o que se mostra são mãos aplaudindo em um plano fechado. Mas isso é só um detalhe - e há outros como este.
Note-se que esse detalhe, diferentemente do sumiço da revista das bancas, não é ruim. É apenas "estranho". E o que o causa não é o assassinato - motivo da trama - surgir quase na metade da edição, pois Berardi e sua equipe de roteiristas já usaram esse recurso anteriormente.
Essa postergação do incidente inicial da trama acontece em favor do desenvolvimento dos personagens tenente Webb, Júlia, Emily e de sua tia, Pâmela.
E é justamente na tia Pâmela que está a razão do estranhamento. Ela traz um elemento cômico à narrativa muito mais forte que a presença de Emily até então.
Mas não é somente na tia Pâmela que está o segredo da história, mas sim na estrutura narrativa. Berardi, De Nardo e Calza usam a estrutura típica da comédia, com direito até a quiproquó - situação cômica em que se toma um elemento por outro, motivando uma situação baseada no erro.
Quando o leitor consegue comprar, J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga ocupa o posto de uma das melhores leituras do mês.
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