J. KENDALL – AS AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 79
Editora: (Mythos) - Revista mensal
Autores:
Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (roteiro) e Federico Antinori (arte). Publicado originalmente em Julia # 79.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Junho de 2011
Sinopse
Sangue do meu sangue - Um roubo de embriões põe a polícia de Garden City em ação e Júlia é chamada para ajudar.
Positivo/Negativo
Esta edição de J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga é uma pena.
Já na seção de cartas, o Diário de Júlia, o tradutor da criminóloga, Julio Schneider, dá ao leitor boas notícias: o cancelamento da revista não está mais previsto e ela continuará saindo todo mês.
Em seguida, começa a trama. Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero optam, acertadamente, por uma narrativa paralela: ao mesmo tempo em que o leitor acompanha a preparação do assalto, vê Júlia em uma reunião com antigos colegas de escola.
As narrativas não têm coisa alguma em comum, a não ser o tema: a maternidade.
Essa questão já surgiu diversas vezes nos pensamentos de Júlia em edições anteriores e aqui é retomada. Começa com as preocupações da criminóloga, segue por um debate político entre os ex-colegas sobre questões como adoção, aborto e fertilização in vitro, até chegar na ação criminosa propriamente dita.
O plano de ação desta edição é estupendo e o leitor abisma-se diante de tantas reviravoltas e possibilidades que se abrem e fecham a cada instante na trama.
Há um pouco mais de variação da grade fixa de seis quadros por página, inclusive com tomadas verticais, pouco usuais nas histórias de Júlia.
Os temas e as discussões propostas por Berardi e Mantero se encontram naturalmente com a trama, sem forçar a mão para que isso aconteça.
Mas, mesmo com tudo isso de bom, esta edição é uma pena.
Pois a boa notícia e a excelente trama, ótima para atrair novos leitores e fazê-los entender por que tanto se fala sobre este fumetto são emperradas por um problema técnico.
A partir da página 17 (mais visivelmente na 86 e na 93), na primeira linha de quadrinhos, alguns balões e certas imagens estão serrilhados, como se estivessem em baixa definição.
Esse pequeno problema cria grandes dificuldades para a leitura da história, pois lembra ao leitor o tempo todo que aquilo é um "gibi malfeito". Por mais seja uma grande maldade usar esse adjetivo para se referir a uma obra de Berardi.
Assim, uma revista mensal que podia ser marcada como exemplo de bom roteiro e grandes reviravoltas, se perde por um problema técnico. É uma pena.
Classificação: