J. KENDALL – AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 10
Título: J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 10 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (argumento e roteiro), Valerio Piccioni, Maurizio Mantero e Enio (desenhos).
Preço: 7,40
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Agosto de 2005
Sinopse: O ex-combatente - Julia Kendall dá seqüência à investigação para descobrir a identidade do esqueleto achado nos escombros do museu de história natural, antiga residência da família Luscombe.
Positivo/Negativo: Após o final literalmente explosivo da edição anterior, Júlia se recupera e continua as investigações, agora sem o auxílio do escultor e anatomista Homer Kolb, ferido no incidente.
Ela e Leo Baxter partem em busca de testemunhas que os ajudem a reconstruir o passado de Sidney Luscombe, filho caçula da poderosa família de Garden City, dado como morto na Guerra do Vietnã.
Eis o diferencial da trama. A vida do personagem é contada a partir dos restos de memória dos outros. Investigar dessa maneira é ir contra a corrente. Afinal, como é possível determinar objetivamente o paradeiro de alguém a partir de lembranças subjetivas?
Vem daí o sucesso de Júlia. Seus métodos são a antítese dos usados pelos policiais - sempre ocupados com pistas, provas e relatórios. A partir de fragmentos e impressões, ela vai montando o perfil de cada pessoa. Entendendo o que cada uma ganha ou perde naquilo que fala, a criminóloga visualiza o contexto em que o crime foi cometido, até chegar à motivação, ao modus operandi - e ao culpado, enfim.
A arte desta edição é realizada por três desenhistas diferentes (um deles, o também roteirista Maurizio Mantero). Apesar de se notar uma ou outra diferença de estilo entre as páginas, a "salada" não incomoda. Todos são craques nas expressões, enquadramentos e ambientações, requisitos básicos sempre presentes em qualquer quadrinho Bonelli.
Mesmo com a qualidade do roteiro e dos diálogos intacta, a dupla Berardi e Mantero exagerou no potencial de Júlia se safar dos perigos. Afinal, só escapam praticamente ilesos de uma explosão e de um carro que despenca num desfiladeiro personagens encontrados em outro gênero de histórias em quadrinhos.
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