Título: J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 12 (Mythos
Editora) - Revista mensal

Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Giuseppe De Nardo (roteiro) e Federico Antinori (desenhos).

Preço: 7,40

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Novembro de 2005

Sinopse: Amor e dinheiro - Lionel West, marido de Gail Stuart-Lee, famosa milionária de Garden City, é baleado em seu apartamento. A pedido da avó, Júlia Kendall entra no caso para ajudar na investigação.

Positivo/Negativo: Não é fácil a vida de uma criminóloga como Júlia. Além das aulas na faculdade, dos trabalhos junto à procuradoria e das missões com a polícia, a heroína ainda tem de prestar favores à família... E o faz com prazer.

Quem teria baleado Lionel West, antigo estudante de medicina que abandonou tudo para se dedicar à jogatina, às drogas e às mulheres - tudo às custas dos milhões de sua esposa?

Como de praxe nesse tipo de crime, as investigações colocam o cônjuge da vítima como principal suspeito. Afinal, um ato de vingança em resposta aos abusos do outro não seria impossível.

Contudo, uma HQ policial clássica precisa de motivos mais complexos para interessar ao público.

Muitos acusam o gênero de possuir fórmulas que limitam as pretensões artísticas: há sempre um crime permeado de mistério, desvendado no final por meio do extraordinário poder de raciocínio de um investigador cheio de carisma.

Outros amam os romances, filmes e quadrinhos policiais justamente por isso. Qual leitor não cai na tentação de resolver o enigma antes de Auguste Dupin, Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Batman ou Júlia Kendall?

Cabe aos escritores e roteiristas bolar soluções criativas para que as regras passem despercebidas.

Apesar de um exagero ou outro, Berardi e sua turma mais uma vez conseguem isso, com personagens consistentes, situações instigantes, reviravoltas inteligentes e a arte sempre competente dos desenhistas Bonelli.

Assim, J. Kendall - Aventuras de uma Criminóloga consolida-se como uma revista capaz de agradar gregos e troianos, pois foge do básico - sem deixar de reverenciar a tradição.