J. KENDALL – AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 68
Editora: Mythos Editora - Revista mensal
Autores:
Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza (roteiro), Claudio Piccoli (arte). Publicado originalmente em Julia # 68.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Julho de 2010
Sinopse
Quem matou Norma Jean? - Um homem afirma ser perseguido pela CIA por esconder um diário de sua antiga amante, Marilyn Monroe. Júlia, Leo e Webb vão tentar descobrir quanto de verdade há por trás dessa história fantástica.
Positivo/Negativo
Esta edição de J. Kendall traz dois elementos muito caros ao criador da série, o italiano Giancarlo Berardi: a música e as referências pop.
As primeiras páginas acontecem na ópera, assistida por Júlia e Leo. Em várias edições, Berardi usa do expediente das canções como elemento estruturador da trama.
Aqui, a música serve de introdução e puxa um tema acessório - da cantora lírica que não se encanta pelo charme de Leo. Mas a sedução não poderia estar tão bem contextualizada ao tratar de Norma Jean, mais conhecida como Marilyn Monroe.
A morte e a vida de Marilyn Monroe é cercada de histórias, mal-entendidos, segredos e, claro, sedução. Mas ela vai além de um sex symbol ou um ícone pop. Norma Jean (seu nome verdadeiro) foi, ou é, uma personalidade interessantíssima.
Dentre as diversas lendas que cercam o mito, uma - mais que possível, provável - diz que Marilyn se incomodava por ser lembrada apenas pela beleza e nunca por suas aptidões intelectuais. Essa mesma versão reza que Norma não era o clichê da "loira burra".
E é nessa linha que Berardi trabalha a história. Marilyn teria, muito inteligentemente, escondido provas e evidências de algumas ações políticas (para mais detalhes, leia o fumetto). E é sobre essa busca e as muitas histórias que orbitam a musa que se constrói a trama.
Não é a primeira vez que o roteirista italiano trabalha o universo misterioso de Marilyn Monroe: com seu outro personagem, Ken Parker, ela até teve direito a uma edição especial, em Um príncipe para Norma.
No mais, a revista da criminóloga é aquilo que o leitor já sabe: roteiros bem elaborados, desenho caprichado, envoltos numa edição simples e pouco chamativa.
E Norma Jean/Marilyn Monroe mostra toda a força de sua personalidade e seu charme ao fazer o leitor (e os próprios roteiristas) pensar muito mais nela do que na protagonista da revista.
Classificação: