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J. KENDALL – AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 69

1 dezembro 2010

J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 69

Editora: Mythos Editora - Revista mensal

Autores:

Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (roteiro) e Laura Zuccheri (arte). Publicado originalmente em Julia # 69.

Preço: R$ 8,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Agosto de 2010

 

Sinopse

Atentado no Texas - Júlia viaja à pequena cidade de Wylmeth, no Texas. Mas o povo de lá não é muito hospitaleiro com visitantes.

Positivo/Negativo

A crítica especializada e os leitores desta revista dizem há anos: J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga é um dos melhores materiais já publicados no Brasil. E, neste mês, só resta engrossar o coro.

Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero conduzem uma aventura espetacular. Em vez do tradicional centro urbano de Garden City, o leitor é transportado a uma longa planície desértica, cortada por um trem.

Quando o trem para (na quarta página), desce uma única passageira. Na quinta página, o leitor reconhece, sob um elegante chapéu, Júlia.

Berardi e Mantero "ensinam" ao seu leitor que, nessa cidade pequena e monótona
que ainda nem foi vista, tudo acontece aos poucos, devagar. Tanto que esta
é uma das raras histórias da criminóloga que são contadas em duas edições.
E nesta edição está sua primeira metade.

A lentidão da trama cria um clima que se associa às imagens realistas de Laura Zuccheri de um forte sol no deserto. E, ao sentir esse calor, o leitor vai reduzindo o ritmo.

Quando um acontecimento repentino surge, o impacto é muito forte. O ritmo da leitura é quebrado e a agitação se instaura. Ao se resolver, tudo volta a se arrastar pela trama. Não é apenas com o cenário que os roteiristas trabalham, mas com o próprio enredo, que, como a palavra evoca, "enreda" diversos personagens, mistérios, segredos e motivações.

Ao andamento ditado pela trama e pela ambientação, soma-se a decupagem da arte, que reduz e aumenta o ritmo com a variação dos ângulos dos enquadramentos, criando uma história saborosíssima.

É importante lembrar que esta é segunda edição de "sobrevida" da revista. O cancelamento viria na edição 67, mas, graças a pedidos dos fãs, a Mythos resolveu manter J. Kendall nas bancas por mais quatro números.

A promessa é que, caso as vendas subam o suficiente, o cancelamento será evitado.

Assim, o leitor chega ao final da revista com duas ansiosas expectativas: como se encerra a trama iniciada nesta edição e se a melhor revista mensal do Brasil continuará a ser publicada.

E, diferentemente da conclusão da trama, não dá pra ter certeza se tudo acabará bem para Júlia Kendall nas bancas brasileiras.

Classificação:

4,0

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