J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 7
Título: J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 7 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Giuseppe De Nardo (roteiro) e Luigi Siniscalchi (desenhos)
Preço: 7,40
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Maio de 2005
Sinopse: A Longa Noite de Sheila - Uma bela jovem é encontrada assassinada num dos parques de Garden City, tarde da noite. Diante da estranheza dos fatos, a procuradoria pede auxílio a Júlia Kendall. E não erra ao fazê-lo.
Positivo/Negativo: Mais uma vez, Júlia está frente à bizarrice humana manifestada sob a forma de um crime horrendo. Quem feriu, estuprou e degolou Sheila Russell?
Trabalho difícil para a criminóloga. Suas teorias iniciais não dão conta de explicar a cena do crime. A hipótese lançada por ela, na página 23, de que o assassino teria uma "personalidade desorganizada e, logo, sexualmente incompetente" é desfeita quadrinhos à frente. O legista encontra sêmen no corpo da vítima.
Como os fãs sabem, Júlia não chega ao criminoso a partir das pistas deixadas no caminho, mas sim compreendendo suas motivações internas. Eis o impasse. Como um sinal de frustração (o espancamento) e um de satisfação (o sêmen) poderiam existir na mesma cena? Um novo perfil criminoso estaria "nascendo" neste mistério?
Como de praxe, são muitos os suspeitos. Frank Lynn, o homem que achou o corpo de Sheila; Jimmy Tate, o noivo da vítima; Gary Putnam, diretor do supermercado onde ela trabalhava; ou ainda Tom Kilburn, surpreendido tarde da noite ao pé do túmulo da moça.
Mais uma vez, um pequeno detalhe que foge da cadeia dos fatos é responsável por dar um novo direcionamento ao caso. Detalhe este, claro, só notado pela inteligente criminóloga. Vantagem de quem se baseia em algo mais profundo do que pistas.
Destaque para a capa competente de Marco Soldi, cheia de licença poética e que não entrega nada da trama, mas resume bem seu conteúdo; e também para a arte de Luigi Siniscalchi, de traços fortes, bem marcados e expressões perfeitas.
Última observação: a moça misteriosa que aparece lendo nas páginas 12 e 13 se parece com a antagonista das três primeiras edições de Júlia.
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