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J. KENDALL – AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 73

1 dezembro 2011

J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 73

Editora: Mythos - Revista mensal

Autores:

Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza (roteiro), Ernesto Michelazzo (arte). Publicado originalmente em Julia # 73.

Preço: R$ 8,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Dezembro de 2010

 

Sinopse

A teia se fecha - Mulheres são sequestradas e mortas por um assassino serial de Garden City. De que modo Júlia poderá pará-lo?

Positivo/Negativo

Embora seja repetitivo dizer que esta é a melhor revista do mês, as razões para isso não são lugares-comuns. Pelo contrário.

Poucas publicações mensais seguram o alto nível tão bem quanto a revista da criminóloga com cara de Audrey Hepburn. O segredo é: roteiristas competentes e desenhistas talentosos. Simples assim.

O roteiro da dupla Giancarlo Berardi e Lorenzo Calza é tecnicamente perfeito e lida com as emoções do leitor de maneira brilhante. Diferentemente do modus operandi habitual da revista, de revelar o mistério somente nas páginas finais, o leitor sabe logo de cara quem são os responsáveis pelos crimes e suas motivações.

E ao entregar tudo tão facilmente e fazer o leitor saber mais que a personagem, Berardi e Calza geram expectativa e torcida para que Júlia descubra de uma vez o que aconteceu.

Pois como já ensinou Alfred Hitchcock, quando uma bomba explode, há uma surpresa rápida; quando se anuncia que uma bomba explodirá, há suspense até o momento da explosão.

É isso que mantém o leitor preso até o final da trama. A informação vem embalada por crimes ultraviolentos e por antecipações - que reforçam o efeito de suspense - apresentadas pelas canções que atravessam a história toda.

A decupagem que a dupla de roteiristas propõe conduz a narrativa ao ritmo devido. E cabe ao excelente artista Ernesto Michelazzo pôr a história em andamento.

Michelazzo é um grande desenhista de movimentos. Os personagens estão em um ponto da ação que deixa muito clara a desenvoltura de sua expressão corporal. A cena inicial, por exemplo, mostra o assassino dando todas as indicações de que vai fazer algo, por meio de sua inquietação corporal e de seus olhares desconfiados.

Recomenda-se a leitura como entretenimento e também como aprendizagem do bom uso da narrativa dos quadrinhos.

É uma pena que só se possa ler uma J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga por mês.

Classificação:

4,0

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