J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 84
Editora: Mythos - Revista mensal
Autores:
Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi, Giuseppe de Nardo e Lorenzo Calza (roteiro) e Mario Jannì (arte) - Publicado originalmente em Julia # 84.
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Novembro de 2011
Sinopse
Drama em alto mar - Júlia resolve tirar uns dias de folga e viajar em um cruzeiro. Mas os perigos da vida ordinária e do cotidiano são mais prementes (e tediosos) do que as aventuras da investigação criminal.
Por isso, ela prontamente abandona o navio para ajudar Leo Baxter em uma investigação. Mas as coisas não saem do jeito esperado.
Positivo/Negativo
Mais uma vez, Giancarlo Berardi e sua equipe de roteiristas entregam aos seus leitores uma edição satisfatória.
Nesta edição, o fumetto está um pouco abaixo do que o leitor da criminóloga está acostumado, mas ainda acima da média das revistas encontradas nas bancas brasileiras.
Nas primeiras páginas, a trama coloca a protagonista fora de seu lugar de segurança, a cidade de Garden City. A agravante é Júlia ser jogada em uma situação a qual não está acostumada: um convívio social, jantares, jogos e flertes.
Nesse trecho, o leitor entende muito da personalidade da personagem. Características que são sublinhadas pela atitude de "tirar férias" de suas férias.
Ao encontrar com Leo Baxter, que investiga um desaparecimento, ainda que longe de sua cidade, Júlia está em casa. Ou melhor, em seu ambiente. Ainda há o estranhamento dos eventos no hotel, mas ao ter sua mente naquilo que sabe fazer, a criminóloga começa, enfim, a relaxar.
O relaxamento, porém, é interrompido por uma situação fortuita. Quando Leo e Júlia decidem ajudar um barco quebrado em alto-mar, algumas surpresas acontecem na trama.
Toda a desventura acontece no mar. E é quase inevitável lembrar de outro personagem italiano: Corto Maltese. Infelizmente, no entanto, esta edição de J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga fica bem abaixo das navegações do marujo de Hugo Pratt.
Falta à revista algum elemento típico das aventuras marinhas. Com poucas adaptações, a história poderia se passar em terra firme. E se o leitor ancorar sua memória em Corto Maltese, perceberá o quanto o mar pode fazer diferença em uma aventura.
Entretanto, essas ausências não tornam a revista ruim. Apenas um pouco abaixo do que se espera dela.
A edição brasileira é completada com a seção de cartas, a nota de falecimento de Sergio Bonelli e o emocionado texto de Júlio Schneider dando arrivederci ao amigo.
Classificação: