J. KENDALL – AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 9
Título: J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 9 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Maurizio Mantero (roteiro) e Giancarlo Caracuzzo (desenhos).
Preço: 7,40
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Agosto de 2005
Sinopse: Ecos do passado - Após um desmoronamento causado por obras no metrô, um esqueleto humano surge no porão do antigo Edifício Luscombe, atual museu de história natural.
Na esperança de resolver o mistério e evitar escândalos, a família que dá nome ao lugar contrata a criminóloga mais famosa de Garden City.
Positivo/Negativo: Esta edição traz Júlia de volta à sua verve investigativa, num caso pouco comum. Isto porque, aparentemente, crime nenhum aconteceu. As investigações da polícia concluem que o esqueleto foi enterrado durante a reforma que transformou a antiga residência dos Luscombe em museu, porém, patinam ao tentar identificá-lo. O arquivamento é iminente.
Júlia, por conta própria, pede ajuda a Homer Kolb, especialista em fósseis e prodígio na arte de reconstruir fisionomias a partir de ossos. Desde então, as coisas começam a ficar mais claras - e perigosas!
A amarração da trama é o forte. Diferentemente das HQs de super-herói, os quadrinhos Bonelli mostram com mais calma (e alma) os acontecimentos. São fatos aparentemente irrelevantes - como a gripe de Júlia, o mau-humor de Homer Kolb, a visita do colégio ao museu, a discussão dos operários nas obras do metrô - que dão profundidade aos personagens e, consequentemente, à história como um todo.
Muitas vezes, Berardi e sua trupe conduzem a narrativa das HQs de Júlia no mesmo pique de uma boa reportagem: os fatos são mostrados de diversos ângulos e pontos de vista; personagens fora do círculo de protagonistas ganham espaço e importância; várias versões e opiniões se cruzam... deixando o leitor ávido pela verdade.
Giancarlo Caracuzzo, o artista desta edição, é professor e fundador da Scuola Romana dei Fumetti. Já trabalhou com quadrinhos eróticos, policiais, de terror e humorísticos.
Nesta edição, nota-se bem sua versatilidade: ele desenha dinossauros, esqueletos, carros, caminhões, edifícios, túneis subterrâneos, telescópios - fora as expressões, enquadramentos e cenários -, tudo sem deixar a peteca cair! Sua página na internet merece uma visita.
Além disso, os Arquivos de Júlia deste número mostram como Marco Soldi elabora as capas da série.
No entanto, ao contrário do que indica a capa, esta edição não se encerra em si. Desta vez, o leitor deverá ter paciência e esperar o próximo número para descobrir o mistério sobre o esqueleto do edifício Luscombe.
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