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J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 91

1 dezembro 2012

J. KENDALL - AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA # 91

Editora: (Mythos) - Revista mensal

Autores: Giancarlo Berardi (argumento), Giancarlo Berardi e Maurizio Mantero (roteiro), Federico Antinori (arte) - Publicado originalmente em Julia # 91.

Preço: R$ 8,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Junho de 2012

 

Sinopse

Traída outra vez - Um criminoso pede ajuda a Júlia. Além de ferido, está envolvido em um crime do qual se diz inocente. Porém, ela o conhece: trata-se de Tim O'Leary.

Positivo/Negativo

Esta é uma edição bastante atípica de J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga.

Tudo está lá: Júlia e sua solidão, o tenente Webb, Ben, Leo Baxter, um mistério a ser desvendado, o envolvimento emocional da protagonista com o caso. Nem o pesadelo de culpa que reúne elementos da edição falta. Mas não é nos elementos básicos do fumetto que está a diferença.

A arte continua em seu estilo realista, com foco nas expressões humanas, seguindo uma decupagem de plano e contraplano, alternando ao menos uma vez por página para um plano aberto de localização. O leitor sempre sabe onde está, conhece diversos pontos de vista e as ações buscam verossimilhança.

A trama mantém seu mistério até uns três quartos da narrativa, quando um elemento surpresa surge e balança toda a investigação, oferecendo novas possibilidades, com uma reviravolta a poucas páginas do fim. O destino de alguns personagens só se revela mesmo no último quadrinho.

O inesperado da revista é a quantidade de citações a outras histórias de Júlia. Tim O'Leary, que tem um papel importante no enredo, apareceu outras duas vezes na vida da criminóloga - mais precisamente nos números # 24 e # 64 do gibi.

Há algumas citações a outras edições, todas devidamente documentadas pelo editorial da Mythos, mas de menor importância na trama.

Uma das grandes características desta HQ, e da maior parte dos títulos da editora italiana Sergio Bonelli, é sua cronologia livre. As ações são consequentes, mas o leitor consegue aproveitar a leitura sem precisar se informar sobre anos de cronologia e eventos, como acontece com os super-heróis.

Mesmo com essa forte ligação a outras edições, essa história pode ser lida sem nenhum prejuízo ao entendimento do leitor, pois é pensada de maneira autocontida e autossuficiente.

Até mesmo as histórias em partes, que usam mais de uma revista, são raras na bibliografia de Júlia. O objetivo é resgatar a possibilidade do leitor ocasional.

Não é preciso curso de extensão ou horas de pesquisa na internet para poder acompanhar as tramas do gibi. Basta que o leitor tenha interesse por histórias policiais.

 

Classificação:

4,0

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