JÁ FOMOS A LIGA DA JUSTIÇA # 1
Título: JÁ FOMOS A LIGA DA JUSTIÇA # 1 Panini Comics) - Minissérie em três edições
Autores: Keith Giffen e J. M. DeMatteis (roteiro) e Kevin Maguire (desenhos).
Preço: R$ 3,50
Número de Páginas: 48
Data de lançamento: Fevereiro de 2004
Sinopse: Um Novo (Re)começo - Do espaço, uma nave observa o planeta Terra e acompanha os movimentos de Maxwell Lord (agora com um corpo de um ciborgue) e dos heróis meta-humanos.
Na Terra, Maxwell Lord encontra o robô L-Ron vendendo hambúrgueres no Drive-Thru de uma lanchonete, e o convida para participar do renascimento da antiga Liga da Justiça.
O robô concorda e a dupla vai ao encontro de diversos membros, para convencê-los a participar da empreitada. Besouro Azul, Fogo, Capitão Átomo, Gladiador Dourado e Homem-Elástico Elástico topam voltar. O Capitão Marvel recusa, mas sua irmã, Mary Marvel, resolve fazer parte do time.
Déjàvu Tudo Outra Vez - Enquanto Lord arruma o quartel-general da equipe, a comunidade local protesta contra a instalação do grupo. E uma turma do bairro, formada por jovens arruaceiros - deveras inteligentes - decide expulsar os heróis "na unha".
Positivo/Negativo: Sim, eles estão de volta! Os marmanjos que colecionam quadrinhos há mais de dez anos sabem muito bem de quem se trata: a Liga da Justiça "cômica". Publicada no Brasil a partir de janeiro de 1989, pela Editora Abril, a revista em formatinho durou exatos 67 números, numa série amada por muitos, e odiada por outros, já que os heróis não eram exatamente levados a sério. Na verdade, não eram nem um pouco levados a sério.
Nesta edição, os autores preocuparam-se principalmente com o texto, até em detrimento da ação e do roteiro, para recordar e inserir todo seu arsenal de piadas e diálogos engraçados, trazendo de volta o espírito da série original.
O ótimo timing cômico da equipe criativa, mesmo em algumas situações recicladas, traz momentos divertidos, principalmente envolvendo a deliciosa "ninfeta inocente" Mary Marvel, que tem um dos pontos altos da história ao demonstrar uma parcela da extensão de seus poderes.
E está tudo lá: Maxwell Lord afirmando não ter interesses financeiros na equipe (será?); Besouro Azul - que está com problemas cardíacos - debatendo-se em diálogos infames com o Gladiador Dourado; piadas sexistas; clichês de super-heróis; as possibilidades de "alongamento" do Homem-Elástico; os tiroteios verbais entre os heróis; a metralhadora verbal do robô L-Ron e mais.
Os intelectuais bandidos do gueto também são uma ótima sacada.
No quesito desenho, os personagens estão impagáveis, graças ao ótimo traço de Maguire.
A versão brasileira foi muito bem adaptada pelo pessoal da Panini. Os diálogos fluem bem, e também tiveram a ótima iniciativa de colocar um texto situando a obra em seu tempo histórico e um breve resumo de cada personagem.
Apenas dois pontos a lamentar: a ausência (e a saudade) do pior - e ao mesmo tempo melhor - anti-herói que já passou por essa equipe, o inimitável e inesquecível Lanterna Verde Guy Gardner; e o fato de a série ter somente três edições.
Um prato cheio para quem gostou e quer matar saudades, e uma boa pedida para quem tem curiosidade de conhecer esse "estilo" da equipe de heróis mais poderosa do mundo. Quer dizer, nem tanto nesta versão...
Curiosidade: o corpo ciborgue de Maxwell Lord pertenceu ao Lorde Fatal, membro dos Extremistas, um robô vilão que, juntamente com sua equipe, teve importante participação nas histórias. O mentor desta Liga havia morrido de câncer, mas sua consciência foi transferida para o andróide.
Só para relembrar, a Mythos relançou as primeiras histórias dessa Liga numa minissérie em quatro edições, no ano passado.
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