JAMBOCKS - PARTE 1 - PRELÚDIO PARA A GUERRA
Editora: Zarabatana - Edição especial
Autores: Celso Menezes (roteiro) e Felipe Massafera (arte).
Preço: R$ 29,90
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Março de 2010
Sinopse
O álbum traça um retrato da Força Expedicionária Brasileira e seu papel na Segunda Guerra Mundial. Na primeira parte da história, são apresentados os bastidores das negociações do Brasil com os países Aliados e do Eixo e os motivos que levaram o País a ingressar no conflito.
Positivo/Negativo
Esta é a primeira de uma série, em quatro partes, que explicará o papel do Brasil na Segunda Guerra. O conflito é alvo de dezenas de filmes, livros e estudos, mas o papel do nosso país nunca ficou muito claro. Nem mesmo as escolas debatem o tema de modo satisfatório.
A dupla Celso Menezes e Felipe Massafera se propôs a apresentar essa história de modo divertido, mas fundamentado em pesquisas, como fica comprovado pela bibliografia nas páginas finais. Foram consultadas obras históricas, romances de época e outras HQs de guerra, tudo para criar um retrato fiel.
O resultado é uma história envolvente, mas curta demais. São apenas 32 páginas dedicadas à trama propriamente dita. O resto é ocupado por extras, textos sobre o conflito, esboços do artista e cronologia dos fatos.
O roteiro é bem construído e apresenta personagens históricos, como os presidentes Roosevelt e Getúlio Vargas, em debates políticos. Em poucos balões, fica explicado o jogo que o nosso então presidente fez, tentando manter a amizade com os dois lados da guerra, até que acabou optando por ajudar os aliados.
Paralelamente, são apresentados alguns pilotos que devem ganhar mais destaque nos próximos volumes.
A arte de Massafera é excelente. Suas páginas parecem pinturas. Um dos destaques é a cena de ação em que um avião brasileiro ataca um submarino alemão. Uma sequência digna de Joe Kubert, um mestre em criar cenas de combate aéreo.
Mas deve-se ressaltar que o desenho de Massafera mostra uma queda na qualidade da metade para o final. Possivelmente, devido ao fato de a obra ter sido "desmembrada" e o lançamento, apressado, para não perder a verba que ganhou do ProAC.
O problema maior da edição é que o acabamento em papel de luxo e capa cartonada com orelhas aumentou bastante o preço. O investimento é pesado para uma história tão curta, que contou com incentivo governamental.
O plano dos autores é lançar um volume por ano. Esse intervalo seria até pequeno para os padrões europeus, mas por aqui, onde não se tem essa cultura da espera, é um espaço de tempo grande, que pode desestimular os leitores a investirem seu dinheiro em algo que só conhecerão o final em 2013.
Classificação: